O topo das paradas não é um lugar estranho pro Linkin Park, mas agora que eles voltaram pra lá com o CD Minutes to Midnight, a banda já está sendo considerada por muita gente como a maior da atualidade. E pra aumentar ainda mais o prestígio, os caras têm sido comparados ao U2 por causa do empenho em causas sociais. Mas pelo menos pro Phoenix, baixista do Linkin Park, isso não subiu à cabeça: “Pra mim, pessoalmente, nada mudou. Eu não sinto nenhuma dessas qualidades super-humanas que deveriam ser associadas à maior banda do mundo. Minha reação imediata é a de que não vai existir um ‘próximo U2’, assim como não houve um sucessor dos Beatles ou dos Rolling Stones, e como não vai existir um outro Metallica. Ser apenas mencionado na mesma frase que eles era uma meta da nossa banda, claro. A gente queria ser uma banda de carreira, e queria estar entre os grandes, mas no meu ponto de vista, só o tempo vai dizer”.
Pro Phoenix, a receita do sucesso é simples: “Nós entramos no processo de composição com o pensamento de que ‘Isto não é especificamente para os Estados Unidos, isto é para os fãs do Linkin Park’. E a idéia de um fã do Linkin Park é tão ampla e diversificada que é como um alvo que você não consegue determinar, o que é praticamente libertador”.
E mesmo sendo uma das maiores bandas atuais, o Linkin Park não está livre de problemas do dia-a-dia, como qualquer mortal. “A gente ia tocar no festival Rock Am Ring [na Alemanha] pra umas 80 mil pessoas, e um dos ônibus ficou com o pneu totalmente murcho, o que nos atrasou por meia hora. Isso nos lembrou aquela época em que a gente ia dirigindo o nosso trailer, e ele ficava atolado toda hora. Então, de um modo muito estranho, até que foi reanimador”, contou Phoenix, que não disse que, muito provavelmente, desta última vez não foi ninguém da banda que trocou o pneu…
Neste ano, o Linkin Park já tem marcados os shows da turnê Projekt Revolution, que começa dia 25 de julho. Antes disso, no dia 7, a banda se apresenta no festival Live Earth, e segundo o Phoenix, foram eles mesmos que escolheram tocar no Japão: “O nosso baterista, Rob Bourdon, se comprometeu a ser o padrinho em um casamento no dia 8, então a gente teve que arranjar um modo de fazer este show e sobrar tempo pra ele ir ao casamento. Estamos confirmados e vamos tocar. E o Rob vai ao casamento também, o que é importante”, disse o baixista, fazendo as contas do fuso horário.

– 89fm.com.br