Stuff.co.nz entrevista Rob Bourdon

O site neozelandês Stuff.co.nz entrevistou Rob Bourdon na semana passada. Ele falou sobre o processo criativo de A Thousand Suns, Mike cantando no disco e sobre uma possível turnê da banda na Nova Zelândia.

Confira a matéria original aqui, e a tradução a seguir:

Linkin Park volta após longo atraso

Se passaram quatro longos anos desde que os roqueiros americanos do Linkin Park lançaram o disco líder das parada de sucesso Minutes to Midnight.
Com o disco novo a ser lançado nesta semana, a banda completa apenas quatro discos lançados em 14 anos de união. Mesmo contando com o disco de remixes e o mash-up com Jay-Z, não é uma taxa de trabalho muito alta – algo que a banda logo admite.

O baterista Rob Bourdon diz que isso acontece porque a banda é cheia de perfeccionistas.

“Tendemos a ser perfeccionistas e é assim que trabalhamos,” Bourdon contou à Stuff.co.nz de Los Angeles, onde a maioria dos seis membros do Linkin Park mora.

“Gostamos de estar em estúdio e quando chegamos lá escrevemos muito material.”

A banda – que inclui o vocalista Chester Bennington, o guitarrista Brad Delson, o DJ Joe Hahn, o baixista Danid Farrell e o rapper Mike Shinoda – tem uma tendência a continuar trabalhando nas músicas mesmo depois de prontas, diz Bourdon.

“Acho que se não nos déssemos um prazo continuaríamos fazendo mudanças mas as melhoras iriam ficar cada vez menores.”

Desta vez a banda marcou um prazo e o cumpriu.

O resultado foi o disco A Thousand Suns, que Bourdon admite ter sido um desafio pra ele e seus companheiros de banda.

“Fazemos música há muito lembro, então um dos desafios foi evoluir e fazer algo que nos mantivesse interessados e que também nos divertisse durante o processo.”

“Costumamos fazer um certo tipo de músicas e usar sons que as complementassem. Então para irmos além, nos forçamos a crescer e isso é definitivamente desafiador.”

A primeira faixa a ser lançada do disco, The Catalyst, está se dando bem nas paradas de sucesso e aparece no jogo Medal of Honour.

“Foi uma grande oportunidade de colocarmos nossa música em algo que parecia tão legal.” Explica Bourdon.

O Linkin Park sempre será associado ao às vezes zombado New Metal, que misturou rap e rock e foi muito popular no final dos anos 90.

Mas Bourdon disse que o Linkin Park continou a experimentar e quebrar barreiras.

“Estamos realmente orgulhosos deste disco – e, particularmente, nunca ouvi nada parecido com isso.”

Eles tentaram se afastar do uso dos instrumentos mais óbvios.

“Por exemplo, se queríamos fazer uma parte da música que cresce em tensão ou tem muita energia, tentávamos encontrar novos sons e meios de conseguir isso sem necessariamente usar um solo de bateria ou de guitarra – tentávamos usar outros instrumentos.”

Outra mudança foi que Mike Shinoda, que escreve a maior parte das músicas e antes cantava muito dos backing vocals e harmonias canta mais em destaque neste disco.

“A voz de Mike ficou naturalmente mais forte com o passar do tempo. Ouvimos muitas demos e a voz dele estava mais forte e soava bem, então o encorajamos a cantar mais neste disco.”

Bourdon descreve o novo material como “uma jornada” e encoraja os fãs a ouvirem o disco inteiro.

“Esperamos que os fãs ouçam o disco do começo ao final, porque pensamos muito em como as músicas trabalhariam em conjunto e fizemos os intervalos para que o disco parecesse uma coisa só, sem fim.”

E com o disco vem a turnê. Bourdon diz que por mais que ainda não esteja confirmado, a banda espera confirmar datas na Nova Zelândia em breve. A última vez que estiveram aqui foi em 2007 para dois shows com ingressos esgotados na Vector Arena com Chris Cornell.

“È quase certo que tocaremos aí, então confiram nosso site e esperem pelo anúncio em breve,” ele disse.

things aren't the way they were before; you wouldn't even recognize me anymore.