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Linkin Park leva guitarras a outros lugares em A Thousand Suns

Confira a tradução da matéria da MTV americana, disponível no site.

Linkin Park leva guitarras a outros lugares em A Thousand Suns
‘Fizemos samples delas e tocamos como se faz numa música de hip-hop,’ Mike Shinoda explica.

Dependendo de que lado você esteja no grande debate sobre A Thousand Suns, o uso das guitarras do Linkin Park no álbum (ou, mais especificamente, a falta generalizada delas) é um movimento brilhante e corajoso ou uma completa decepção.

Afinal, o tom de guitarra que é quase marca registrada do LP – algo entre um lançador de foguete e fogos de artifício, explosivos, maliciosos e incendiários – foi uma grande parte do que os tornou uma das maiores bandas de rock do planeta, e em Suns isso está muito ausente, sendo substituído por incontáveis efeitos de esmagamentos e estrondos. Como você se sente sobre isso afetará sua sensação sobre o próprio álbum.

E sim, o Linkin Park sabe disso – eles tem acompanhado o debate bem de perto, na verdade.

“Ouvi muitos comentários sobre como certas músicas do disco… os fãs as ouviam e diziam, ‘Uau, essas são tão pesadas!’ e eu até vi pessoas falando sobre guitarra em uma música como ‘Wretches and Kings’, por exemplo, e outras pessoas respondiam, ‘Na verdade, eu acho que nem é uma guitarra. Acho que é um sample ou coisa assim,’” disse Mike Shinoda do LP a MTV News. “Perguntam muito sobre isso. Nossa utilização dessas coisas foi algo muito diferente para nós. Não apenas ligamos a guitarra no amplificador; foi assim, tocávamos as guitarras com todos esses efeitos diferentes e passávamos para o computador, fizemos samples delas e tocamos como se faz numa música de hip-hop.”

E essas novas ideias sonoras – ainda que alienantes para alguns – também foram as peças fundamentais de construção de A Thousand Suns. O Linkin Park sabia que estava correndo riscos, mas no fim, valeu a pena. Afinal, eles saíram disso com provavelmente o primeiro álbum de rock com grande selo na memória recente que não soa como algo de grande selo. Ou melhor, nem como rock, nesse caso.

“Relaxar esse processo realmente nos permitiu fazer alguns sons que pareciam muito novos para nós,” disse Shinoda. “E isso deixou as músicas melhores.”