Chester e Mike para a Metromix Atlanta

Mike e Chester deram uma entrevista ao site Metromix Atlanta. Confira a tradução a seguir:

Chester Bennington e Mike Shinoda falam sobre seu novo álbum obscuro e a turnê altamente tecnológica
Por Tamara Palmer

O Linkin Park é uma das bandas de rock que mais vende no país, parte de um seleto grupo de artistas que venderam mais de 10 milhões de cópias de um único álbum. Depois de uma turnê totalmente vendida na Europa, os frontmen Mike Shinoda e Chester Bennington fizeram uma teleconferência para compartilhar sua empolgação com a excursão pelos EUA, que trará performances ao vivo de músicas do álbum atual da banda, “A Thousand Suns”, assim como clássicos favoritos de toda a carreira do Linkin Park.

Uma gravação grátis de cada show estará disponível para quem comprou ingresso, e 1 dólar de cada ingresso vai para o Music for Relief, a organização sem fins lucrativos da banda em benefício de vítimas de desastres naturais mundo afora.

Sentindo-se particularmente energizados mais de uma década depois da estreia do Linkin Park, Shinoda e Bennington explicaram como explorar alguns temas musicalmente desconfortáveis e cheios de medo nesse álbum fez a banda se aproximar e ficar ainda mais amigos.


O que levou vocês a explorar os temas obscuros e pesados em “A Thousand Suns”?
Mike Shinoda: Aconteceu que nós seis sentimos que havia um medo universal que eu acho que muitas pessoas hoje em dia sentem; esse medo, seja na frente da cabeça ou lá atrás, que a humanidade como um todo está e tem estado há muito tempo à beira de se auto-destruir. Seja devagar ou rapidamente, é apenas uma possibilidade que existe no mundo, e eu acho que todos nós temos medo disso em um certo grau. Então foi mais ou menos assim que decidimos que… era apropriado que isso fosse parte do álbum.

Vocês já acharam durante os anos que suas letras desafiam o resto dos caras da banda a escrever música equivalente às palavras apresentadas a eles? E por outro lado, os caras já criaram músicas que inspiraram algum de vocês a escrever letras equivalentes ao que vocês ouviam deles?
Chester Bennington:

Essa provavelmente a pergunta mais interessante que já me fizeram sobre o que nós fazemos. Eu acho que nossos estilos são diferentes quando trabalhamos individualmente… mas quando estamos juntos, algo muito especial acontece. Estamos ambos trabalhando intimamente nas letras, mas então você tem outra pessoa para vir dar uma olhada e dizer, “Sabe, não estou sentindo essa linha. Parece um pouco óbvia ou clichê; vamos achar um jeito melhor de dizer isso.” Eu acho que funciona muito bem porque nós dois temos que cantar e nós dois temos que sentir de verdade, de um jeito sincero.

O novo material do Linkin Park já está sendo feito agora? Vocês escrevem na estrada?
MS:
Sim e  estamos sempre escrevendo. Eu acho que nos beneficiamos do fato que a tecnologia de gravar e escrever música ficou muito compacta e muito fácil de carregar no seu laptop. Nas últimas semanas, eu recebi vários e-mails dos caras da banda dizendo, “Ei, quer se reunir e escrever umas coisas? O que você está fazendo? Vai trazer algum equipamento pra estrada?” E eu espero isso, eles vão bater na porta do meu quarto do hotel querendo colaborar em algumas ideias.

Vocês escreveram alguma coisa enquanto estavam na recente turnê européia?
MS:
Sim, sim, algumas ideias. As melhores coisas que eu criei nas últimas viagens dessa turnê estão, na verdade, no meu iPad. Eu uso alguns aplicativos e, sim, criei umas coisas que eu gosto.

Qual a aparência do novo show?
MS:
Bem, o visual do show tem muito a ver com os tópicos de “A Thousand Suns”;  muitos dos temas que aparecem no álbum meio que tem um papel central nos visuais do show. Nossa equipe de arte desenvolveu uma tecnologia nova e específica para esse show e tinha muito a ver com o fato que em nosso show não tocamos exatamente a mesma coisa toda noite. Tocamos setlists diferentes e dentro delas nós improvisamos, então queríamos uma forma de o visual do show diminuir um pouco e fluir de acordo com o que fizéssemos com a música. Então a cada noite a múica será diferente e os visuais também. Dois shows nunca são iguais.

Quais as maiores lições que vocês aprenderam quando olham para mais de uma década de trabalho?
MS:

Até agora eu acho que fizemos muitas coisas certas. Tivemos muita sorte. Em dez anos, a maioria das pessoas explora uma gama inteira, então para nós é apenas uma questão de tentar ser a banda que queremos ser e aprender com os nossos erros e nossos sucessos. Eu definitivamente gosto de onde estamos agora. Criativamente, acho que a banda está muito energizada. “A Thousand Suns” foi um álbum muito importante pra nós e não apenas num nível criativo, mas também simplesmente como grupo de amigos. Eu acho que as coisas estão muito positivas e então estamos esperando para ver o que o futuro nos reserva.

things aren't the way they were before; you wouldn't even recognize me anymore.