Linkin Park se esforça para se manter novo

O jornal Acess Atlanta publicou uma matéria sobre o Linkin Park essa semana. Confira:

Linkin Park se esforça para se manter novo

Uma década atrás, o Linkin Park reinava como o som e a cara da revolução do rap/rock.

Sua estreia em 2000, “Hybrid Theory”, é um dos raros lançamentos a ter o status diamante – mais de 10 milhões de cópias vendidas – certificado pela Associação da Indústria de Gravação da América (RIAA), e em certo ponto, a onipresença da banda na MTV se tornou quase gratuita.

Parece o arranjo clássico para uma inevitável queda na carreira. Mas, por meio de uma construção inventiva de músicas, produção aguçada e ambição que não desanima, o Linkin Park vendeu mais de 50 milhões de discos, e ainda prepara lançamentos que estréiam em primeiro lugar nas tabelas da Billboard e projetam turnês em estádios elaboradas.

A excursão mais recente da banda, em apoio ao lançamento de setembro, “A Thousand Suns”, começa em 20 de janeiro em Fort Lauderdale, e três dias depois, chega em Philips Arena em Atlanta.

Em uma tele-conferência com repórteres, o co-fundador/rapper/tecladista/guitarrista/cantor Mike Shinoda disse que o visual da turnê vai coincidir tematicamente com “Suns”, que examina guerras nucleares e expande musicalmente os interesses eletrônicos musicais da banda.

“Muitos dos temas que aparecem no álbum meio que tem um papel central nos visuais do show,” ele disse. “A cada noite a música será diferente e os visuais também. Dois shows nunca são iguais.”

O Linkin Park também sabe que sejam os fãs obcecados ou novos, vão querer ouvir a extensa lista de hits da banda, então espere “In the End”, “Breaking the Habit”, “Numb” e “What I’ve Done” junto com as atuais “The Catalyst” e “Waiting for the End”.

O sexteto de Shinoda, Chester Bennington (vocal), David “Phoenix” Farrell (baixo), Rob Bourdon (bateria), Brad Delson (guitarra) e Joe Hahn (DJ) sempre interagiu com muita proximidade dos fãs, e nessa turnê, eles estão mostrando sua gratidão oferecendo um suvenir: um MP3 grátis do show.

“Queremos que os fãs possam levar aquele evento especial que é o show para casa,” disse Shinoda.

Quem for ao show pode usar um código disponibilizado nas telas durante o show para receber um link para baixar o áudio.

Shinoda disse que o MP3 pode levar entre um dia e uma semana para chegar, já que os shows são especialmente mixados para ter o melhor som. Adicionalmente, os fãs podem comprar MP3 de outros shows além do que eles foram.

O Linkin Park também continua com suas ações de caridade com sua organização Music for Relief, que a banda criou depois do tsunami no Oceano Índico em 2004.

Ano passado, depois do terremoto no Haiti, o Linkin Park lançou o programa Download to Donate for Haiti e acaba de reacendê-lo com uma “versão 2.0”.

“Está fazendo um ano desde o terremoto, então é a hora perfeita de falar sobre isso,” disse Shinoda, acrescentando que até agora, o projeto já arrecadou 250 mil dólares.

Por uma doação única de 10 dólares (em www.downloadtodonate.org), os participantes recebem uma assinatura de um ano para um catálogo de músicas doadas por centenas de artistas, incluindo Alanis Morissette, Lupe Fiasco, Slash, The All-American Rejects e, é claro, Linkin Park.

A banda também doará um dólar de cada ingresso dos shows para o Music for Relief.

Enquanto o Linkin Park – recentemente anunciado como a atração musical de “Saturday Night Live” em 5 de fevereiro – expandiu seus instintos musicais durante uma carreira de quatro álbuns de estúdio, o que continua a guiar a banda é o desejo de se reinventar.

“Não acho que pensamos em termos de fazer uma ponte ligando o abismo [entre hip-hop e rock] porque eu acho que isso já foi feito milhões de vezes,” disse Shinoda. “Uma concepção errada é que quando você senta para escrever uma música, você pensa em imitar alguma outra coisa. Quando fazemos isso, tentamos escrever algo que seja empolgante para nós, e que seja novo.”

things aren't the way they were before; you wouldn't even recognize me anymore.