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Linkin Park e seu próprio marketing

O jornal Chicago Sun-Times publicou uma matéria, que conta com entrevista com Mike Shinoda, e fala sobre as estratégias de marketing da banda.
Confira a tradução a seguir.

Linkin Park faz seu próprio marketing

O Linkin Park não era para estar entre nós. Aparecendo em 2000, a banda mal se diferenciava de seus companheiros, a mistura áspera entre raiva e rima que comandou as rádios na virada do século com bandas de topo de parada como Korn e Limp Bizkit.

Mas o Linkin Park possiu instintos comerciais que outros não tiveram. Do lançamento do “Hybrid Theory em 2000”,  a “vaca leiteira” de multiplatina cujas frases de encarte começaram uma tradição da banda de fornecer álbuns com qualidade, através de um novo álbum, o mais gentil “A Thousand Suns”, o Linkin Park procurou expressar suas angustias, claro, mas sempre juntando isso com o que realmente vende.

“Não estamos tentando fazer uma música que, bem, será o que as pessoas escutarão – vai virar um hit” insistiu o MC Mike Shinoda em uma teleconferência recente com jornalistas sobre a turnê Norte Americana, que começou mês passado. Foi uma conversa que incluiu tanto uma discussão profunda sobre experimentos de marketing quanto decisões criativas.

Na verdade, se você quiser dar uma olhada nas diferentes estratégias de vendas que estão dando certo neste mercado instável da música, não é necessário olhar além desta turnê da banda. Por bem ou por mal, o Linkin Park está no limite quando se fala dos novos modelos de negócios com relação à música. Aqui estão alguns dos modos que a banda está buscando separar você do seu dinheiro:

1. Download dos Shows

Incluído no preço do ingresso do show está o custo de uma gravação digital do show. O Linkin Park se juntou novamente com a Base Camp Productions (os caras que se juntaram com Pearl Jam, seguido por Tori Amos, Kings of Leon, Sonic Youth e outros para fazer “bootlegs oficiais”) para fornecer o áudio do show que eles acabaram de assistir, pronto para download em alguns dias.

No show, fãs verão um código para enviar via mensagem de texto. Envie a mensagem, e a Base Camp (basecampproductions.com) responde com a informação de onde ir para fazer o download. Shinoda disse que outros shows da turnê estarão disponíveis para download por um custo extra.

“Eu queria ter a oportunidade de levar para casa uma gravação da vez em que assisti Alice in Chain no Palace lá nos anos 90. Vi Anthrax e Public Enemy tocarem juntos. Foi um dos primeiros shows que assisti, que foi a turnê do Killer B. Lembro de ver Pearl Jam tocar,” diz Shinoda. ” Para os jovens, sei que não lembram de algo quando isto não existia, mas para nós que temos este tipo de perspectiva, é algo animador e penso que aproveitamos isto.”

2. Doações para Caridade

Também incluído no preço do seu ingreso – quer você queira ou não – é 1 dólar para o projeto Music Relief, um grupo de músicos sensibilizando sobre as dificuldades do Haiti pós-terremoto. (Isto inclui o Download to Donate, downloadtodonate.org, que oferece músicas grátis do Linkin Park e outros em troca de 10 dólares como doação para o Haiti.)

Shinoda disse que escolheram esta caridade em particular porque pareceu responsável, antes perguntando, “Quais áreas podem focar no que vai fazer o maior impacto com a quantia de dinheiro arrecadada? Porque nós não arrecadamos quantias imensas de dinheiro. Nós doamos 1 dólar de cada ingresso… Queremos ser responsáveis pelo dinheiro que nós arrecadamos e tendo certeza que irá para coisas que estão realmente ajudando pessoas”.

3. Convenções do Fã Clube

O evento de Chicago começa hoje, com fãs competindo em um campeonato de basquete no Irving Park YMCA. Mais tarde, haverá um passeio de patinação no gelo no Millennium Park. Na quarta-feira, o dia do show, atividades incluem desenhar camisetas para enviar para as vítimas do terremoto, tour pelo backstage, Perguntas & Respostas com a banda, assistir à passagem de som, e um sorteio e leilão. (O site do evento possui uma seção útil com “o que levar”, que inclui “dinheiro” duas vezes.)

“Fizemos dois [summits] até agora, e vamos fazer um terceiro agora,” diz Shinoda. “No de Londres, vimos pessoas até da África do Sul, Asia, toda a Europa só para vir fazer parte deste evento. Todos conhecem a banda, todos falam com a banda. Todos ganham autógrafos, fotos. Têm a oportunidade de subir ao palco para tocar nossos instrumentos. Aliás, o baterista e o guitarrista eram demais. Eram tão, tão bons.”
A adesão do LPU custa 10 dólares por mês ou 60 por ano. Membros anuais pode se registrar por um passe livre ao summit; membros mensais podem comprar um por 75 dólares. Mais informações no lpu.linkinpark.com/summit-chicago.

4. Tratamento VIP

Lembra quando os bons lugares eram vendidos com todos os outros e qualquer um com uma boa cronometragem poderia ficar na primeira fila? Não mais. A maioria das arenas agora vendem os melhores lugares for grandes quantias de dinheiro, simpleste por jogar algumas regalias baratas. Os ingressos do Linkin Park, como a maioria dos grandes shows, são diferenciados.”

Nós temos algo chamado Serviço de Recepção VIP, que é uma coisa mais cara e você ganha estacionamento especia, acesso especial, mercadoria que vem junto, e ganha ótimos lugares,” Shinoda disse. “Então se você tem dinheiro e quer pagar por algo extra, então isto é ótimo. É na verdade um excelente produto. Mas ao mesmo tempo, se você não tem muito dinheiro e quer ver o Linkin Park tocar, então temos ingressos que são acessíveis para você também. Quero dizer, veremos no final. É um experimento. Veremos como vai funcionar no final da turnê.”

Ingressos VIP, que incluem a fome e barras de dinheiro, são $149.95 para membros do fã-clube, $199.95 para outros. Ingressos normais são $41.50 e $71.50, mais taxas.

Confira a matéria original aqui