Não durma no ponto com Linkin Park

O site AllHipHop.com escreveu uma matéria sobre o Linkin Park, e adicionou alguns comentários feitos por Mike Shinoda sobre a banda, Fort Minor, o crescimento e desenvolvimento do Linkin Park, e claro sobre o álbum mais recente, A Thousand Suns. Abaixo segue o texto traduzido na íntegra, e para visualizar o original, clique aqui.

Ao longo dos últimos 15 anos houveram muitos artistas que se apresentaram como atos de rap/rock e tentaram segurar suas carreiras enquanto mantinham as sensibilidades e credibilidades de ambos os generos. Limp Bizkit e Kid Rock vêm à mente como tendo uma carreira bem sucedida mas é Linkin Park que reividica o prêmio por permanecerem poderosos, constantemente fazendo álbums número um e turnês mais vendidas durante a última década.

Em 2000 Linkin Park atingiu sem esforço fãs de rap e rock com seu formidável “In The End” do álbum de estréia Hybrid Theory. “In The End” é provavelmente a personificação de uma faixa original de rap/metal. O vídeo foi tão intrigante e visualmente estimulante quanto as letras foram instigantes.

“No último álbum, nós estávamos tentando descobrir onde queríamos ir. Digo, nós estávamos em uma caixa. Nós éramos Linkin Park, fazíamos este determinado som e nós queríamos fazer um álbum que não soasse como aquele,” vocalista Mike Shinoda disse para AllHipHop.com.

Quando você pensa na fusão de rap e hip hop, historicamente, você tem que dar crédito a música, e ao vídeo que fizeram a primeira conexção tangível e palpável entre os dois gêneros e culturas, “Walk This Way,” um remake do rock  esmagador de Aerosmith, cuja nova versão incluiu versos dos pioneiros do rap Run DMC. A música foi lançada em 1986 e foi um autêntico mash up* antes da expressão sequer existir.

Foi um hit colossal que apropriadamente atraiu ambas as audiencias. Não deve ser ignorado o fato que antes da colaboração, a produção de Run DMC sempre teve uma influência de rock pesado que aparentemente está em hits como “Rock Box” e “King of Rock.” Mais tarde, The Beastie Boys obteve sucesso com essa fórmula.

Isso foi em parte devido à produção diversa e o co-fundador da Def Jam Rick Rubin que ainda prova sua relevância e fechando o cerco, co-produzindo o mais recente álbum número um do Linkin Park, A Thousand Suns. Linkin Park procurava por um som mais progressivo que os albuns anteriores.

“Rick é um dos produtores mais versáteis que eu amo. Quero dizer, existem caras que fazem muitas coisas diferentes e eu não gosto do que fazem e eu amo o que o Rick faz. Eu acho que a melhor forma que eu poderia descrever é que quando nós começamos as demos para o álbum era claramente diferente, era um som muito especifíco para o A Thousand Suns e nós ficamos um pouco hesitantes em trazer um produtor a bordo, mas quando conhecemos Rick, nós sabíamos que seria um bom encaixe.”

O álbum foi lançado no primeiro lugar em 2010 e ainda está produzindo singles de sucesso como “Waiting For The End” com sua batida contagiosa, entrelaçada com tons de hip hop e “Wretches and Kings” cujo o som é altamente influenciado por Public Enemy, também é uma faixa marcante de seu álbum mais recente.

Quando Linkin Park se juntou com Jay-Z em 2004 para o revelador álbum mash-up Collision Course, a validação de um gigante do hip hop certamente estimulou sua credibilidade como artistas do hip hop, se restaval alguma dúvida. Collision Course foi um projeto inovador com cada música, a produção e vocais das músicas previamente gravados por ambos os artistas.

O álbum foi mixado por Mike Shinoda e atingiu o primeiro lugar na Billboard. Outra tentativa confiável de hip hop foi do projeto paralelo de Mike Shinoda, The Rising Tied em 2005. O álbum contou com a participação de artistas de peso do hip hop como Black Thought, Common, Lupe Fiasco e Jay-Z que também participou como produtor executivo. The Rising Tied foi desenvolvido no projeto paralelo de Mike Shinoda, Fort Minor e criado de uma forma que ele pudesse expressar a música que ele sentia que não se encaixava no estilo do Linkin Park. Michael Shinoda disse ao AllHipHop.com que Linkin Park progrediu para incorporar esses tipos de música, hoje.

“Eu acho, bem, que a razão pela qual eu fiz o Fort Minor foi porque, na época, Linkin Park foi tipo, eu senti que haviam coisas que iriam funcionar para o Linkin Park e então haviam coisas que não iram funcionar e eu não sentia que aquelas músicas poderiam funcionar em um álbum do Linkin Park,” explicou Shinoda. “Desde então, a banda apliou seus horizontes e as idéias que talvez tenham resultado em um álbum do Fort Minor no passado agora pode ser uma música do Linkin Park e é por isso que você tem músicas como, ‘When They Come For Me’, ou ‘Wretches and Kings.’ Essas músicas do novo álbum são, quero dizer, elas realmente começaram como demos que soavam mais como uma demo do Fort Minor, eu acho, e uma vez nós meio que nos juntamos e trabalhamos nelas, elas cresceram, mudaram e acabaram em um álbum do Linkin Park.

“Só uma observação, eu acho que, especialmente para mim e Chester tendo feito, tipo, esses projetos paralelos, eu acho que é um sentimento bom saber que outras idéias que tivemos, esses tipos de coisas por fora, não somente são aceitas agora, mas elas são bem vindas e toda a banda está empolgada sobre elas,” disse Shinoda.

Desde “In The End” e Hybrid Theory em 2000 para o atual A Thousand Suns e músicas como “Wretches and Kings”, 2011 faz um notável e sem precedentes 11º ano de carreira para a banda de rap/metal. Linkin Park foi nomeado como a primeira banda de Rock Alternativo em vendas pela Billboard/Soundscan e acumulou mais de 50 milhões de álbuns vendidos. Shinoda permanece modesto sobre sua fórmula para o sucesso e habilidade para sustentar ambos os gêneros.

“Eu acho que aquela fenda foi superada milhares de vezes e nós amaduecemos em diferentes estilos de música e quando nós escrevemos música é assim que nós escrevemos,” disse Shinoda. “Eu que uma idéia errada de como nossa banda ou talvez outras bandas, também, é quando você senta para escrever uma música, você está pensando em imitar outra coisa.

“Quando nós vamos para o estúdio, nós não dizemos, ‘Vamos escrever uma música parecida com outra música.’ Nós simplesmente sentamos e tentamos e escrevemos algo que é emocionante para nós e algo que é novo e especialmente neste novo album, A Thousand Suns, é daí que a maioria das músicas veio. Tentando escrever algo que soasse diferente e emocionante para nós,” Shinoda disse para AllHipHop.com.

Linkin Park está atualmente em turnê pela américa do norte com A Thousand Suns. O grupo promete um show musicalmente e visualmente estimulante para o qual eles desenvolveram uma nova tecnologia e cada um que compra um ingresso recebe gratuitamente um download do show que foi, cada um será uma experiência única.

“Nós tocamos set lists diferentes e dentro destes set lists nós improvisamos, então nós queríamos um jeito para o visual do show meio que ir e vir com qualquer coisa que façamos com a música. Então, de noite á noite, a música será diferente e os visuais também. Dois shows não serão o mesmo.”

*Mash-up = mistura