A Thousand Suns não define Linkin Park

O site The Salt Lake Tribune conversou com Mike Shinoda e Chester Bennington em uma teleconferência sobre o álbum A Thousand Suns. Mike e Chester falaram sobre a fama, a dinâmica adotada na banda, e o novo formato do palco de sua turnê norte americana. Abaixo segue a matéria traduzida:

Durante os últimos anos do milênio, rap-rock substituiu o grunge como o sabor do rock do momento.

Gradualmente, rap-rock foi substituido por outros estilos, incluindo indie rock, nu metal, post-Britpop, emo, garage rock, metalcore e digital rock.

De alguma forma, ainda que, uma das mais populares bandas da era rap-rock não só ainda está por aqui, mas já vendeu mais de 50 milhões de álbuns. 

Para os leigos, Linkin Park é uma banda do sul da Califórnia cuja qual sua maior estréia, em 2000 “Hybrid Theory”, ficou em segundo lugar na Billboard. A banda teve três álbuns no primeiro lugar da Billboard sucessivamente, incluindo o do ano passado “A Thousand Suns”.

Uma razão concreta para a banda ainda estar por aqui: Os seis membros originais da banda permaneceram juntos.

Os dois líderes do Linkin Park, rapper Mike Shinoda e o cantor Chester Bennington, falaram com o Tribuna em uma tele conferência de escritores de música sobre o show da banda, a relação entre os músicos, e sucesso.

Bennington e Shinoda sobre o show da banda:

Shinoda • Muitos dos temas que estão acontecendo no novo álbum assumem um papel central na parte visual do show. Nossa equipe de arte desenvolver uma tecnologia que é nova, específica para este show. Nós tocamos set lists diferentes, e então dentro desses set lists nós improvisamos, então nós queríamos que o show fosse de uma forma meio que um fluxo de ida e vinda com qualquer coisa que fizermos com a música. Então, de noite à noite, a música será diferente e o visual também será. Dois shows não serão o mesmo. Trata-se de levar você em nesta jornada do começo ao fim.

Bennington • Tocando em uma arena é provavelmente o melhor cenário para a banda. Você tem tudo. Há uma intimidade que você ainda pode ter com os fãs. Há as laterais, então muitas pessoas pode estar lá, tal como a forma que o som e tudo funciona: as luzes, a produção. A energia na arena é tão boa que quando há um bom show acontecendo meio que faz a experiência extra, como se fosse, tipo, supernatural.

Sobre a dinâmica da banda:

Shinoda • A banda toda se vê como um coletivo de iguais, e Chestere e eu só representamos como líderes quando é hora de tirar fotos ou ficar a frente do palco. Eu acho que é uma coisa que faz nossa banda funcionar. Nós respeitamos as idéias de cada um e nós não temos medo de falar o que pensamos.

Bennington • Eu não sinto como se eu tivesse algo que… Eu não pudesse apresentar para a banda. Nós meio que, quando eu comecei a escrever músicas para [meu projeto solo] Dead by Sunrise, eu senti como se fossem estilisticamente fora da caixa. Neste ponto, nós ainda não haviamos trabalhado com [produtor Rick Rubin] e nós realmente não analisamos como o futuro seria. Não não entramos nesses tipos de conversa e ainda assim eu costumava dizer isso. Eu não tenho mais esse problema. Eu não tenho aquele sentimento de, “Isso é certo ou é errado para o LP?” porque, honestamente, qualquer coisa funciona. Digo, o que estamos fazendo agora no estúdio nos últimos dois álbuns é completamente satisfatório em todas as formas.

Sobre a fama:

Shinoda • É evidente que existem pessoas que se estivermos andando pela rua ela não fazem a menor idéia de quem somos. Quero dizer, como, se você mostrar uma foto minha ou do Chester para elas e não ‘registar at all’. Nós somos totalmente gratos que a banda tem sido tão bem sucedida. Eu acho que somos muito gratos por sermos capazes de manter um certo nível de anonimato e manter nossa sanidade. Então, quando vamos para o palco, nós não sentimos aquela pressão das pessoas olhando para nós como se fossemos algum tipo de ícones inatingíveis do rock. Eles vêm ao nosso show porque eles amam a música, e nós definitivamente queremos fazer todos os esforços para fazer para eles a melhor interpretação ao vivo dos nossos álbuns, que nós podemos dar.