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A história da música ‘One Step Closer’

A revista Kerrang! divulgou uma matéria, onde a banda contou a história da composição do álbum mais vendido da banda, o Hybrid Theory, e em especial, como foi feita a composição do hit One Step Closer:

O Linkin Park batalhou para conseguir um contrato para gravar um álbum. Enviaram demos para cerca de 50 gravadoras, e foram recusados por todas. “Queríamos tocar as músicas que acabariam entrando no álbum Hybrid Theory… mas [as gravadoras] não estavam interessadas“, disse o compositor e MC, Mike Shinoda, para a Kerrang!. “Eles não gostavam e nunca nos ligaram“.

Então, finalmente, em 1998 a Warner Bros os aceitou, e a banda acreditou que isto seria uma motivo para celebrar. “Assinar com eles, foi como colocar gasolina de foguete em nosso sistema, e compomos músicas mais rápidos do que nunca“, disse Mike. “A cada etapa de composição, as músicas ficavam melhores, escolheremos um produtor, e fomos para o estúdio imediatamente“.

O problema era, que o produtor que escolheram – Don Gilmore (Bullet For My Valentine, Good Charlotte) – não gostou de nenhuma música que eles tinham produzido. Então eles voltaram a colocar os pés no chão com um golpe só.

Basicamente, nós tínhamos terminado a composição do álbum todo“, disse o canto Chester Bennington. “Estávamos há dois meses trabalhando nisso, antes de entrarmos no estúdio. Ficávamos na casa do Mike por várias horas e compomos o Hybrid Theory“.

Isso foi estressante demais. Gastaram muito tempo trabalhando para conseguir um contrato, tinham começado praticamente com apenas uns rascunhos. O trabalho todo foi feito na casa do Mike, com ele e o guitarrista Brad Delson trabalhando nas músicas, antes dele e do Chester escreverem as letras. Foram dois meses frenéticos.

One Step Closer era uma música que eles tinham a parte sonora mas não tinham as letras. Então a chamaram de Plaster, sendo algo que Mike e Chester trabalharam em sua demo, durante uma noite na casa do tecladista.

A composição dela foi feita no meu apartamento“, disse Mike. “A música foi feita rapidamente, mas as letras saíram após algumas boas tentativas. Eu escrevi ‘Shut up’ para ser um rude exemplo dos gritos de Chester, e isso acabou nos fazendo a continuar trabalhando nessa letra“.

De fato, a forma violenta de Chester cantar ‘shut up’ naquela noite, fez o vizinho de Mike bater na parede reclamando do alto som, para que eles parassem. “Ele conseguia escutar a música naquela hora, junto com o Chester gritando no microfone durante a noite toda“, riu Mike.

Mas os resultados dessa música, perfeitamente se ajustaram no que o Linkin Park queria passar: uma simplificada, contundente, cativante e com um grande apelo universal, sendo uma música com a mistura de rock, metal e rap. Não foi nenhuma surpresa, a escolha dela para ser uma das primeiras músicas do álbum e ser o primeiro single. Como uma forma de anunciar a banda para o mundo, lançando uma música que poderia definir o nu-metal.

Senti que poderia escutar cada pedaço de inocência, vulnerabilidade, imaturidade, raiva e frustação que nos fez ser, e quem éramos naquela época“, disse Mike, comparando com as músicas que criaram mais recentemente.

E através do que a música se tornou, eventualmente, o gênero que o Linkin Park tanto procurou fugir, foi o gênero que os definiu inicialmente,  sendo um dos principais melhores momentos da banda. É algo que até mesmo Mike reconhece. “Lembro de ter achado que essa música era como um ótimo cartão de apresentação“, ele recorda. “Ela dizia, ‘Olá, nós vamos te deixar fascinado’“.