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KROQ entrevista Linkin Park durante a apresentação fechada para os fãs

O Linkin Park fez uma apresentação fechada para os fãs que ganharam uma promoção da rádio KROQ, que aproveitou a oportunidade para entrevistar os membros da banda e tirar algumas fotos da apresentação.

Durante a entrevista, a banda fala sobre algumas histórias e opiniões do velhos tempos da banda e faz uma comparação de como estão nos dias de hoje, além de contar como foi compor o LIVING THINGS, trabalhar com Rick Rubin e sobre os filmes The Raid e Mall.

Leia a matéria na íntegra e traduzida, clicando em Leia Mais.

Em um local de ensaios no Norte de Hollywood, a banda de metal alternativo formada em Agoura Hills, o Linkin Park, fez uma pausa em seus ensaios para a próxima turnê (e de seu almoço, que incluía crab cakes e cocos frescos), e apresentaram um ensaio especial para um público pequeno, que tinha menos de cem pessoas. A banda tocou seis músicas, que incluíam Waiting For The End, Papercut e BURN IT DOWN, o quinto álbum da banda, LIVING THINGS, e o terceiro produzido por Rick Rubin.

Acho que o novo álbum é sempre o nosso álbum favorito, pois é algo novo e mais excitante. É como um carro novo“, disse Mike Shinoda quando perguntado qual é o álbum favorito de sua banda. “LIVING THINGS tem aquele cheiro de carro novo. O Hybrid Theory tem essa vibe de um carro clássico e antigo“. “Tipo ‘Cara, esse carro era foda pra caralho’“, concorda o vocalista Chester Bennington. “Eu me lembro daquele carro. Era incrível. Mas eu já tenho a mais nova versão na minha garagem“.

O Linkin Park está se preparando para o Honda Civic Tour 2012, com o Incubus. As duas bandas têm sido frequentemente colocadas na mesma categoria musical, e também cresceram na mesma área. O Linkin Park disse que viu o Incubus tocar em alguns lugares quando eles ainda estavam na escola; os integrantes do Incubus moravam na estrada 101, em Calabasas.

Em uma entrevista com Ted Stryker, a banda relembrou os velhos tempos de Hybrid Theory de sua carreira – os tempos que usavam coleiras e pulseiras de plástico – e como eles se comparam doze anos mais tarde, na fase de LIVING THINGS de sua jornada musical.

Há uma energia nisso, um espírito nisso que, para chegar lá, acho que parte do processo para nós era conseguir estar OK com o fato de que usávamos coleiras e pulseiras toscas de plásticos até os cotovelos, e eu tinha um cabelo vermelho brilhoso“, diz Shinoda. “Eu olho para as fotos agora e penso ‘Meu Deus. O que eu eu tinha na cabeça?’ Mas, ao mesmo tempo eu não mudaria isso por nada“.

Shinoda, em seguida, contou uma história sobre uma época, quando tinham uns 2 anos de carreira, quando Bennington estava de ressaca e teve que passar por um detector de metal de um aeroporto, usando todos aqueles metais nas roupas de rock and roll.

Teve um dia em que ele estava usando uma dessas coleiras, tinha metal em seus alargadores, tinha um piercing de metal em seu lábio, ele tinha pulseiras de pulso com pontas até o cotovelo, tinha um cinto cheio de metais nele, junto com uma corrente, tinha metal em suas botas e ele foi assim para o aeroporto conosco“, disse Shinoda. “E nós o vimos, chegamos ao aeroporto, fomos para a seção de segurança com ele, e pensamos ‘Ummm, tem duas pessoas na frente e não vamos dizer nada a ele, porque ele claramente está de ressaca’“.

Era como se o Mr. T fosse ao detector de metal e tivesse esquecido que estava usando uma coleira de metal“, contou o compositor e rapper. “A melhor parte era que ele estava muito amargo. Ele meio que ficava com raiva quando estava de ressaca, então deixamos ele na nossa frente na fila e nós pensamos “Ah, não. Isso será péssimo“.

No final, toda a banda estava rindo da situação de Bennington, assim como eles dão risadas de seus antigos estilos. “Isso era o que nós realmente éramos“, finaliza Shinoda.

A banda chama o novo álbum como uma jornada em desenvolvimento, depois daquela discussão que tiveram sobre começar de verdade a ser quem eles são, de acordo com Shinoda, que co-produziu o álbum com Rubin, embora ele considere a palavra co-produção como tecnicamente.

O Rick aparecia cerca de uma vez por semana e passava algumas horas conosco, onde ele ele escutava as novidades e nos passava as suas ideias no estilo Rubin“, explica Shinoda.

Existem algumas má interpretações sobre como a banda compõe as músicas“, continua Shinoda. “Uma delas é o que você pensa em uma música, você a imagina e então a produz. E não é assim que as coisas funcionam para nós. Outra coisa que as pessoas pensam, é que a banda deve fazer algumas jams e, em seguida, compõem a música e então vão para um estúdio e a gravam, para em seguida terminar o álbum, mixar, masterizar e lançar o álbum“.

O nosso processo de composição é estranho, porque ele não funciona linearmente, de uma forma geral“, disse Shinoda. “Desde a primeira demo, que poderia ser feita em um laptop, no estúdio em casa, num grande estúdio de gravação… em todos esses lugares nós estamos compondo. E as demos, desde a primeira ideia, já estamos tentando dar uma forma a ela, a produção dela, a mixagem, o som. Estamos fazendo todos os passos de uma só a vez, a todo momento“.

Isto também foi mencionado mais tarde, onde as suas técnicas automáticas de composição foram admitidas como rascunhos por Bennington. “Não há palavras, apenas coisas que soam como palavras“, disse ele.

Eles disseram que gostam de colocar uma interpretação positiva de suas músicas, até mesmo naquelas que retratam tristeza e melancolia, como nas músicas do Hybrid Theory, e quando perguntado sobre como o tempo influenciou no processo de composição, Bennington disse que “o tempo vem junto com uma perspectiva diferente sobre a vida“.

Você sabe, quando você é jovem, tudo é sobre você. Não é sobre a falta de quando você era jovem, tudo está em cima de você, e você está tentando encontrar o seu lugar“, ele explica. “E você vê o mundo, de uma forma, pelo menos foi assim comigo, que as coisas só aconteciam comigo, e dessa forma, acho que atualmente a minha perspectiva de vida é muito diferente. Eu estou sempre animado, mesmo com as merdas que venham a acontecer, pois sempre há algo de bom que vem de fora, e meio que fico entusiasmado sobre como isso vai acontecer“.

Quando Bennington era mais novo, uma de suas primeiras experiências no rock and roll, foi o que Shinoda chamou de destino, quando ele encontrou um álbum dividido, no ônibus. Um lado era o Walk Among Us, dos Misfits, e do outro lado era o Milo Goes To College, dos Descendents.

E isso mudou a minha vida“, disse Bennington, que admitiu que escutava direto o Mothers Milk, do Red Hot Chili Peppers, antes de encontrar aquilo. Shinoda disse que o primeiro álbum que ele comprou com seu próprio dinheiro foi o Licensed to I’ll, dos Beastie Boys.

Atualmente, Shinoda está trabalhando no que os críticos chamaram de um dos melhores filmes de ação do ano, The Raid: Redemption. Shinoda disse que ele queria fazer a trilha sonora de um filme há muito tempo.

Recebi um convite da Sony para este filme; esse tipo de oportunidade não aparece muitas vezes“, disse Shinoda. “As pessoas estão dizendo que é um dos melhores filmes de ação da última década. E eu não sou tão ligado no mundo dos filmes de ação, então, pra mim, acho que esse filme é muito legal. É um filme indie; provavelmente cometi alguns erros mas nem todo mundo vai achar que estraguei tudo. Mas as coisas acabaram ficando boas. Se eu tivesse tempo, eu adoraria continuar fazendo isso [criar trilhas sonoras para filmes]“.

O DJ do Linkin Park, Joe Hahn, também está se divertiu dirigindo um filme indie de baixo orçamento chamado Mall, onde ele disse que o Linkin Park está compondo uma música para ele.

Tem um ótimo roteiro adaptado de um romance de Eric Bogosian e é meio escuro e torcido“, explica Hahn. “E nós estamos compondo uma música para ele. Vai ser legal. Provavelmente vamos tocá-la nos festivais no final do ano e você verá o filme no ano que vem. Ou talvez mais cedo que isso“.