LIVING THINGS: Um álbum pessoal para todos

A MTV divulgou uma matéria sobre a entrevista que realizou com o Linkin Park, durante o MTV First:

Quando o Linkin Park iniciou a composição do LIVING THINGS, a banda não tinha certeza de onde o projeto iria levá-los… afinal, a última vez que andaram por este caminho – em 2010, com o A Thousand Suns – a viagem acabou em um território certamente distópico: Era, para todos os efeitos, um álbum que soava como um apocalipse sonoro, e tratava de temas sombrios.

Mas para ser honesto, isso ainda não terminou. Porque, assim como eles já perceberam durante a sua carreira de 15 anos, a incerteza criativa praticamente já faz parte do caminho. O Linkin Park realmente não sabe qual o tipo de álbum que eles estão fazendo até que o álbum esteja pronto. E mesmo assim, às vezes, eles ainda não tem uma opinião final.

Quando estamos compondo um álbum, alguns cometem o equívoco de pensar que talvez estamos já pensando em algo e planejando um objetivo, tentando imaginar um tipo de música e em seguida, a compor” disse Mike Shinoda à MTV News durante o “MTV First: Linkin Park“. “Não é assim que nós trabalhamos. Nós basicamente pegamos nossos instrumentos e improvisamos qualquer coisa. Você começa sem pensar e então você vê o que saiu. E no processo de composição do último álbum, muitas das coisas que surgiram eram sobre guerra nucler e coisas assim. Eu acho que, fugindo um pouco do nosso sistema de composição neste álbum, quando nos sentamos para compor músicas, tornava aquilo em algo pessoal, e isso sempre foi acontecendo“.

E enquanto a maioria da imprensa procura anteceder coisas sobre o LIVING THINGS, parecendo que o foco no LP era abandonar assuntos políticos e ir para assuntos pessoais, isso é algo que pode não deve ser verdade. Porque o Linkin Park sempre teve essa ideia de incerteza… para eles, as músicas do seu novo álbum foram feitas para serem entendidas, no entanto, os seus fãs optam por realizar um entendimento pessoal. Claro, eles podem criar coisas pessoais, mas sempre produziram coisas para todos. Pura e simples. E embora eles tenham mudado bastante ao longo dos anos, esse aspecto em sua música permanece firmemente, imutavelmente e inalterado.

Você pode olhar para uma música como a ‘CASTLE OF GLASS‘, que para mim, tem um dos pontos vista opostos mais interessantes“, disse Chester Bennington. “Quando Mike estava falando sobre as letras, uma hora ele disse, ‘Sabe, é como se você se estivesse fora de um grande sistema, e sentindo que você não faz parte disso, ou tentando encontrar seu lugar nessas grandes coisas’. E isso pode significar um soldado voltando da guerra e tentando se adaptar à sociedade, ou uma pessoa que acabou de sair da prisão, ou algo assim“.

E aqui estou eu, imaginando este grande e bonito castelo de vidro em uma colina, e, assim, seria a mesma coisa que imaginando unicórnios. Estou pensando em algo como ‘Sim, se você aumentar o zoom, eu sou uma peça das partes quebradas daquele castelo, que ninguém se dá conta, onde eu posso parecer uma peça com defeito e sem importância, mas quando você olha o retrato como um todo, você faz parte desta bela arte que mantém você em conjunto“, disse complementando. “Esse foi um ponto interessante, acho que um monte de nossas letras podem ser entendidas a partir de perspectivas múltiplas, dependendo do que você deseja que a música se trate… você pode entender em muitos níveis diferentes“.