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Linkin Park em Belo Horizonte: Calor humano faz Esplanada do Mineirão ferver

Resenha por Thaysa Pizzolato e Fotos por Wesley Carlos.

O forte calor que acometeu a cidade de Belo Horizonte no último dia 18 de outubro foi proporcional à empolgação das cerca de 20 mil pessoas que compareceram à segunda edição do Festival Circuito Banco do Brasil. Com apresentações interessantes e consistentes de Stereophant, Nação Zumbi, Titãs e Panic! At The Disco, a maioria do público parecia estar ali para ver o retorno do Linkin Park ao Brasil após dois anos de espera.

Guilty All The Same, primeiro single do mais recente álbum lançado pela banda norte-americana, The Hunting Party, foi um belo prólogo do grande show que estaria por vir. O riff da introdução, acompanhado de um coro incandescente, entretanto, não foi entoado por Brad Delson, que, diante de um problema de saúde, não viajou ao Brasil. Apesar da ausência notória do guitarrista, Benjamin Chandler, técnico de Brad, comandou as guitarras com muita nobreza.

Após um dia de sol forte e muitas e muitas horas em pé, o público pareceu não se importar com o iminente cansaço. As mais de 20 mil pessoas presentes na Esplanada do Mineirão tornaram o show do Linkin Park um verdadeiro espetáculo bonito de se ver e ouvir. O setlist, escolhido com muito êxito, agradou todos os fãs: de grandes sucessos do Hybrid Theory, passando por hits consagrados como Numb e Faint até músicas do mais recente álbum de estúdio, todas as fases da banda multi-facetada foram representadas. O show pareceu um verdadeiro mashup ao vivo, com direito a versões encurtadas e versões estendidas.

A avaria do espetáculo ficou por conta de problemas técnicos no teclado de Mike Shinoda. Durante diversos momentos, a dinâmica do show foi interrompida na tentativa de reparar os problemas no som. Ainda assim, o público não deixou a temperatura cair um segundo sequer. A banda contou com um coro de 20 mil vozes que não parou em nenhum instante, não diminuiu a intensidade e se mostrou afiado às letras, mesmo diante das músicas mais recentes.

Empolgado e extasiado com a receptividade em Belo Horizonte, Chester Bennington, de forma agradecida, disse: “Faz muito tempo desde que viemos ao Brasil e tenho que dizer, nós não poderíamos ter uma recepção melhor do que esta noite. Muito obrigado!” O público demonstrou gratidão até o fim, só descansando ao final do último acorde de Bleed It Out – em versão estendida. O show em Belo Horizonte foi a junção de uma banda vívida e um público insaciável que certamente já conta as horas e aquece as vozes para próximo show em solo nacional.

Setlist:
01. The Catalyst/The Requiem (intro mashup)
02. Guilty all the Same
03. Given Up
04. With You
05. One Step Closer
06. Blackout (reduzida instrumental)
07. Papercut (reduzida)
08. Rebellion
09. Runaway (reduzida)
10. Wastelands
11. Castle of Glass Experience (abortada por problemas técnicos)
12. LOATR/SOTD/Iridescent
13. Robot Boy (reduzida instrumental)
14. Solo de Joe Hahn
15. Numb (final com Numb/Encore)
16. Waiting for the End (intro com verso de Until It Breaks / final estendido)
17. Final Masquerade
18. Solo de Mike Shinoda (Wretches and Kings / Remember the Name)
19. Dirt Off/Lying From You (reduzida)
20. Somewhere I Belong
21. In the End
22. Faint

23. Burn it Down (reduzida)
24. Lost in the Echo (reduzida)
25. New Divide (reduzida)
26. Until it’s Gone (intro com verso de Points of Authority)
27. What I’ve Done (com solo estendido)
28. Bleed it Out (com solo de bateria de Rob Bourdon)

Fotógrafo e Produtor de Vídeo