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Linkin Park quer “expandir os limites e crescer sem olhar pra trás”

O Linkin Park lançou seu sétimo álbum de estúdio, “One More Light”, no dia 19 de Maio, atingindo seu sexto álbum nº1 nas paradas da Billboard 200. Para uma banda que está junta desde 1996, “One More Light” mostra os membros Mike Shinoda, Chester Bennington, Rob Bourdon, Joe Hahn, Dave Farrell e Brad Delson se estendendo sonicamente, colaborando com Pusha T, Stormzy e Kiiara em algumas faixas, assim como na composição com Justin Tranter e Julia Michaels, Ross Golan e Eg White.

“Este é o nosso tipo espiritual imperativo como artistas, em sempre expandir os limites e tentar crescer sem olhar pra trás,” diz Delson, que co-produziu o álbum com Shinoda. A banda está para começar sua turnê no dia 9 de Junho em Paris. Mas antes disso, Brad Delson e Mike Shinoda conversaram com a Variety e você pode conferir a entrevista traduzida abaixo.

Vocês abordaram uma composição diferente para este álbum?
Brad Delson: Para nós, o barômetro era a música. E foi assim que nós a abordamos. Eu não chegava no estúdio e dizia, “Ei, eu tenho um novo riff.” Eu chegava e dizia, “Isto é o que está acontecendo na minha vida, estou tendo este problema com um amigo próximo, e eu preciso tirar isso do meu peito.” E é sobre isso que nós escrevíamos. Estávamos em uma posição honesta com cada um de nós enquanto estávamos gravando este álbum, então tínhamos que estar em total confiança para sermos vulneráveis o quanto precisássemos para podermos fazer esse tipo de música juntos. Então, quando nós realmente o terminamos e demos uma olhada mais a fundo, isso realmente nos abriu os olhos, tipo, “Wow, nós realmente temos alguns temas aí.” E nós meio que nem sabíamos que ainda estávamos no meio do processo, e estávamos apenas trabalhando do nosso jeito. Era bastante aparente que as músicas estavam meio à frente da nossa consciência.

Qual foi o tema que emergiu que te surpreendeu?
Delson: Havia um tema de fragilidade da vida e que o que amamos pode ser tomado de nós em um instante. Eu acho que quando confrontamos essas coisas realmente assustadoras ou desafios existenciais, põe tudo em uma perspectiva e em certo lugar — que é o que amamos e não querermos perder.

Você concorda, Mike?
Mike Shinoda: Este álbum é sobre como tão pouco nós temos controle do que acontece em nossa vida, e como nós reagimos a coisas que não acontecem da forma que nós queremos. É sobre ser humano, frágil, não importando o tipo de fachada “resistente” que nós tentamos parecer que temos. É também sobre a família, e tendo a perspectiva de ser um pai ou ser “confiado”. Nós trabalhamos neste álbum por um ano — pense na quantidade de coisas que acontecem contigo em um ano. Nós perdemos entes queridos, nós brigamos com amigos e um contra o outro. Nós educamos nossos filhos, e vemos essas crianças fazendo coisas que nós não queríamos que elas fizessem. Não há escassez de “vida” para cantar.

Com vocês tendo viajado tanto até agora, ainda há algo para se esperar dentro disso?
Delson: Ainda há muitas coisas para se esperar por várias razões. Esperamos que dormir seja uma delas. E é realmente muito bom saber que poderemos tocar algumas dessas músicas, algumas músicas novas, para as pessoas pela primeira vez. Nós reformamos nosso show inteiro, então eu estou muito animado pra levar isso aos fãs.

Seus fãs tem crescido com vocês, a que você credita as suas devoções contínua?
Shinoda: Nós desafiamos os fãs o tempo todo, e eles tem consistentemente aceitado o desafio, o que é extraordinário que tantas pessoas tenha ficado conosco durante a jornada, em diferentes sons e territórios. Eu sou muito grato que nós temos a chance de viver para fazer música, e grato por todas essas pessoas que tem sido fãs da banda, novos e velhos.

Kendrick Lamar colaborou com U2 em DAMN, um lembrete do seu trabalho com o Jay Z no “Collision Course” em 2004. Você faria isso de novo com Jay ou outro rapper? Se sim, quem estaria na sua lista de desejos?
Shinoda: Eu nunca conseguiria montar uma lista de verdade. Mas posso te dizer o que eu tenho ouvido ultimamente: Eu gosto de Kendrick, Joey Bada$$, K.Flay, Fall Out Boy, Logic, Well$, Jessie Reyes, Gorillaz, Sylvan Esso, e Blackbear. Quando eu era criança, dois dos meus artistas favoritos eram Snoop e Wu-Tang. Nós faremos alguns shows com ambos em nossa turnê nos EUA. Eles são lendas, e estamos extáticos por tê-los conosco.

O conceito Blinkin Park — uma turnê conjunta com o Blink-182 — é certa de se inspirar uma jam ou outra. Qual música deles você gostaria de tocar?
Shinoda: Eu não tenho ideia. E essa é a parte divertida de sair por aí com outros artistas, não é? Entender quais combinações de coisas estranhas podem funcionar? Seria sensacional ouvir Chester cantando “All The Small Things” ou talvez soaria terrível. Só saberemos se tentarmos.

Fotógrafo e Produtor de Vídeo