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Tobin, do Papa Roach, sobre Chester: “Ele sempre foi uma pessoa amada e divertida”

Em uma nova entrevista com a Rock Rebel Magazine da Itália, Tobin Esperance, baixista do Papa Roach, foi questionado sobre o recente falecimento de Chester Bennington, apenas dois meses depois da morte de Chris Cornell. Confira o que ele disse abaixo:

“Primeiro e acima de tudo, todo mundo sabe que tinha uma enorme voz, um artista incrível, um compositor incrível,” Tobin diz. “E toda aquela dor que ele sentia por dentro, saía pelas letras, pelo modo que ele se apresentava e o modo que ele cantava.”

“Eu não conhecia Chris pessoalmente, mas o Chester eu conhecia muito bem pessoalmente,” ele continuou. “Nós meio que surgimos ao mesmo tempo, fazendo shows e excursionando juntos. Chester foi sempre uma pessoa amada, divertida, hilária… e talentosa para se ter por perto. Nós tivemos muitos ótimos momentos juntos. Temos várias lembranças maravilhosas.”

“Nós ficamos muito tempo sem se falar ou se ver — provavelmente por estarmos muito ocupados com o trabalho, família e essas coisas. Mas aconteceu de nós termos um grande jantar juntos na cidade de Nova Iorque, e aí pudemos sair com o Chester mais ou menos um mês e meio antes. E eu fiquei muito feliz por ver seu sorriso de novo. Pois ele tinha uma grande presença. Ele sempre foi muito feliz.”

Tobin disse que ficou “chocado” quando soube sobre a morte de Chester. “Isso meio que faz você pensar, você realmente não ter como ver por dentro das pessoas… você nunca sabe o que se passa na cabeça dela,” ele diz. “E eu sei que eu também tenho uma parte disso… Eu posso esconder as coisas facilmente bem lá no fundo.” E eu acho que quando você faz isso e não vai atrás das pessoas e não fala sobre ou procura ajuda, isso te devora por dentro até um ponto que te apaga e que realmente fica tudo escuro pra você. Acho que é muito importante que as pessoas não tenham medo de buscar ajuda.”

Tobin também conversou sobre a importância de ter conversas abertas normalizando as realidades da vida com esses problemas de saúde mental. Ele explicou que o último álbum do Papa Roach, “Crooked Teeth”, foi escrito como uma “metáfora para basicamente celebrar as suas falhas, aceitar quem você é, todas as suas imperfeições, toda a merda. Todo mundo tem isso,” ele disse. “Todo mundo tem pequenos problemas, ninguém é perfeito — não importa o quão rico você é, o quão é pobre, não importa… qualquer coisa. Você tem que apenas compartilhar, conversar sobre isso. Não guarde esses pensamentos pra você. E ‘crooked teeth’ (em português ‘dente torto’) foi a nossa metáfora para isso. Tipo, parece que eu tenho dentes perfeitos, mas eu tenho um dente torto. Você vê? Quem se importa? É legal, não é? Esse foi o nosso jeito de celebrar todas essas coisas e apenas dar a todos um senso de esperança e comunidade.”

Atualmente, o Papa Roach vem fazendo seu tributo a Chester Bennington incluindo um trecho de “In The End” no final de sua música “Forever” durante seus shows na Europa. Clique aqui para assistir.

Fotógrafo e Produtor de Vídeo