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[“PLASTER”]

Foi encontrada a demo de One Step Closer, e Mike Shinoda comentou à respeito em seu blog. Confira a tradução.

Há algumas semanas atrás, um de nossos principais fã sites, LP Association, postou uma antiga versão demo de One Step Closer, quando ainda se chamava “Plaster”. Em um pedaço do artigo eles pareciam estar procurando por fatos e tentando entender a autenticidade da gravação. Eu escutei, e pensei que eu poderia tentar ajudar.

Artigo do LP Association e links para a música AQUI.

A faixa encontrada no link deles é realmente uma versão crua da música nos seus estágios finais, depois que tínhamos terminado toda a gravação, mas antes de uma mixagem final. Nós estávamos tentando decidir quem deveria mixar o álbum, e nós acreditávamos em Andy Wallace. O chefe do nosso cara de A&R na WB era David Kahne.

De acordo com o nosso cara do A&R naquele momento: David era uma das pessoas que não era 100% impressionada com a nossa banda e nosso som, e queria tentar mixar essa música com o intuito de melhorar as coisas (e obviamente tentar nos convencer a deixa-lo fazer a mixagem do disco). Isso pode ou não ser verdade, mas é obviamente o que nos foi dito, David fez um bom trabalho (a mp3 do LPassociation é a mixagem dele)…mas nós decidimos ir com o Andy, nós tínhamos a sensação de que Andy, que fez a mixagem de “nevermind” do Nirvana se encaixaria melhor conosco.

Algumas das diferenças que você pode ouvir entre “Plaster” e a versão final da mixagem no álbum (por Andy Wallace)…

As principais coisas que eu me lembro ressaltar quando eu ouvi a pela primeira vez foi que a mixagem do David fez os versos soarem mais grossos (por causa do final baixo) e alem do mais os refrões perderam um pouco do impacto.

Alguns samples também se destacaram. Os samples ‘obturadorizados’ que você pode ouvir na mixagem do David na verdade estão também na versão final do Andy Wallace, mas eles foram mixados mais silenciosos (e finos, eu acho). Nós preferíamos eles mais silenciosos na mixagem do Andy porque eles davam mais ênfase a batida da bateria do Rob.

Finalmente, um fator decisivo para o Brad e eu contra a mixagem do David foi a edição de todo o “shut up” — colocando-os na introdução. Isso a fez soar como uma remix, e arruinou a surpresa do “shut up” vindo durante a ponte (nosso pensamento foi: se você já ouviu ess parte do vocal, a ponte perde o impacto. Isso arruinou o clímax). Isso me fez sentir como se nós não tivéssemos realmente visto olho-a-olho nessa mixagem, então ainda que a mixagem fosso boa no geral, nos decidimos ter o Andy para mixar a música e o álbum.

Na entrevista de David com o LPAssociation, ele está (compreensivelmente) confuso sobre os detalhes de nosso relacionamento na época. Talvez porque ele estava lidando com muitas bandas, enquanto nós, por outro lado, estávamos apenas com um álbum, e uma gravadora. Espero que possa ajudar dando alguns detalhes. David não estava envolvido conosco quando o Mark estava na banda – o mesmo com muitas pessoas da gravadora e pessoal do A&R.

Como você ouviu, no entanto, muitas das respostas que tivemos da gravadora naquele tempo não se alinhavam com o álbum que queríamos fazer ou a banda que queríamos ser, então nós decidimos seguir nosso próprio caminho.

A boa e a má noticia sobre “Plaster” é que eu não consigo pensar que outra demo mais antiga da canção realmente exista, o único passo antes desse provavelmente não incluía letras, mas todas as faixas instrumentais seriam essencialmente as mesmas. Assim que  escrevemos a canção, nós gravamos imediatamente, então há apenas uma gravação; as primeiras notas da demo estavam no mesmo arquivo de protools em que ela foi terminada. Não existem demos “ao vivo”, ou “gravações de garagem” da música. Então essa versão de “Plaster” deve ser a versão mais antiga por aí.