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[Entrevista para a Big Cheese – Parte I]

O site da revista Big Cheese postou uma entrevista onde a banda fala bastante sobre o processo de gravação do ‘Minutes To Midnight’. Vale a pena conferir. Aqui está a primeira parte:

Como o Linkin Park está preparando para se apresentar no Milton Keynes na única data na Inglaterra da Projekt Revolution 2008, em 29 de junho, a Big Cheese lhe dá uma idéia do processo de escrita do mega sucesso de retorno ‘Minutes To Midnight’, antes trazendo para você uma entrevista com a banda na próxima edição 98, que sairá em breve.

ZERO HORA

A primeira coisa que lhe atinge sobre Los Angeles é a pura opulência que rodeia você na viagem do grande Aeroporto LAX até as colinas de Hollywood. Seja pelas várias mansões de milhões de dólares que forram as ruas de Beverley Hills, ou o glamour da Sunset Strip, a Cidade dos Anjos. É uma experiência esmagadora para um iniciante, mas dado que o Linkin Park foi baseado em torno dessas peças desde antes do seu início, eles já estão muito acostumados a viver em Los Angeles.

“Nós gastamos um justo período de tempo aqui – porque alguns de nós moramos no outro lado da cidade, e também temos o nosso estúdio de ensaios aqui”. Explica o baterista Rob Bourdon, sentado no suntuoso hotel Sunset Marquis: “É um ótimo lugar para ver música ao vivo; apenas por cada banda que vem a Los Angeles, por isso estamos felizes nesse sentido, e é um ótimo lugar para outros tipos de arte, teatro e cinema também”.

Emoção se encontra todo o tempo no acampamento do Linkin Park, não menos importante, devido ao fato de a banda ter acabado de colocar os toques finais no seu terceiro album, ‘Minutes To Midnigt’. Bem mais de um ano na produção, ele foi escrito e gravado sob os olhares do renomado produtor Rick Rubin, e representa uma mudança significativa no som da banda.

Rob: “Estamos muito orgulhosos desse album; estamos realmente sentindo que subimos alguns degraus e fizemos algo diferente. Nós sabíamos quando começamos a escrever que queríamos nos desafiar musicalmente e ir à lugares que nunca havíamos ido antes. Não me interpretem mal – nós amamos os outros albums, e nos orgulhamos do trabalho que fizemos neles, mas dessa vez nós quisemos retirar alguns elementos chave que que sentíamos ser nossos pontos fortes e tentamos encontrar novos elementos para nos ajudar a fazer música de uma forma diferente”.

“Quando nós encontramos Rick Rubin pela primeira vez, pareceu que ele era o produtor que poderia nos ajudar a conseguir o melhor – nós escrevemos muitas músicas durante o processo, eu acho que algo entre 100 e 150 músicas diferentes, e isso foi muito útil para nos levar do estilo de escrita antigo para o estilo que alcançamos no ‘Minutes To Midnight’. Então sim, estamos muito animados e muito felizes como uma banda – e mal podemos esperar para que as pessoas possam ouvir nosso novo album”.

Na verdade, o ‘Minutes To Midnight’ tem algumas surpresas para aqueles que possam estar esperando um outro album na veia da banda de albums anteriores. Mais notavelmente, há uma nítida falta de sons new-metal nesse album – um rótulo que nunca confortou a banda, em primeiro lugar, como explica Rob:

“Nós realmente nunca gostamos de pensar que estamos em um tipo particular de música – e por isso foi tão frustrante para nós no começo, quando lançamos o ‘Hybrid Theory’, porque estávamos inovando e as pessoas estavam dizendo que nossa música era new-metal. Para ser honesto, nós estávamos encarando como uma brincadeira sobre o assunto, porque nós nunca tínhamos ouvido o termo ‘new-metal’ antes! mas nosso objetivo sempre foi pegar estilos diferentes de música e misturá-los de uma forma que soasse como algo que ninguém estava fazendo. Entendo que as pessoas gostam de categorizar as bandas com com os termos como ‘rock’, ‘alternativo’, ou seja o que for… mas eu acho que a maioria dos elementos no nosso som que antes nos rótulos de ‘new-metal’, mudaram no ‘Minutes To Midnight'”.

Tendo se encontrado e se unido quase instantaneamente com Rick Rubin, a banda logo percebeu que uma mudança no seu processo de gravação era necessária para ajudá-los a descobrir novos caminhos para seu som.

Rob: “Nós todos amamos o que Rick Rubin fez no passado, ele trabalhou em tantas gravações, em tantos estilos diferentes, que isso nos animou apenas para ter a oportunidade de conhecê-lo. Ele nos convidou para irmos à sua casa, e nós conversamos com ele por cerca de uma hora – e ele estava animado para nos conhecer, perguntando o que estávamos ouvindo, o que nos inspirava e o quais eram nossos objetivos para esse album. Então nós dissemos para ele que nós queríamos fazer um album ‘trilogia’; queríamos mudar nosso som como uma banda, mas ainda existirem as pessoas que saberiam que estavam ouvindo o Linkin Park quando ouvissem o album”.

“Algumas das novas músicas foram escritas nas primeiras fases de elaboração do album, e algumas nós não havíamos terminado até catorze meses depois – Não havíamos definido o processo de ‘escrever primeiro, depois gravar, depois mixar, depois masterizar’ como fizemos antes. De fato, o primeiro single – ‘What I’ve Done’ – foi realmente a última música no album a ser escrita, gravada e mixada, na altura que a maioria das outras músicas estavam completas há muito tempo”.

Foram quase quatro anos desde o lançamento do album anterior da banda, ‘Meteora’; um album que consagrou grandes hits como ‘Faint’, ‘Numb’ e ‘Breaking The Habit’, e confirmou o Linkin Park como uma das maiores bandas de rock dos tempos modernos. O album recebeu variadas opiniões quando foi lançado, mas o vocalista Chester Bennington insiste que a banda ainda se orgulha do que alcançaram nele.

“Eu me sinto realmente positivo sobre um album só depois que eu tiver terminado ele, mas logo após ele ser lançado, eu começo a pensar ‘Putz, essa parte poderia ter sido melhor, eu poderia ter cantado essa parte melhor, a bateria deveria ser mais alta…’ Mas em seguida as pessoas começam a responder a isso, e assim nós paramos de nos importar com o que os críticos dizem e focamos no que os fãs dizem, que é quando eu finalmente me sinto satisfeito com isso – e esse foi o caso de ‘Hybrid Theory’ e ‘Meteora’. Nós fizemos os dois muito bem, e os fãs amaram… e agora, quando eu ouço o ‘Hybrid Theory’ me sinto realmente especial; nós pegamos algo realmente único. ‘Meteora’ é do mesmo jeito; eu gosto desse albums até mais do que quando nós os lançamos”.

Levando em conta que a dupla ‘Hybrid Theory’ e ‘Meteora’ vendeu muito bem, você poderiam dizer que o Linkin Park é mais uma banda para os fãs do que para os críticos?

Chester: “Bem, nós sempre misturamos as opiniões, e eu realmente nunca entendi porque, especialmente a maioria das bandas parecem ter dependência de grandes ou terríveis opiniões se elas nem parecem ou são respeitadas como uma banda. Mas então eu conheci uma dupla de críticos que pareciam ter setenta anos – eles tinham escrito sobre música por mais da metade de suas vidas – então eles nos disseram que nos achavam muito bons! Então isso realmente depende de quem critica seu album, que pode ser uma total loteria. Pode ir para alguém que está apenas na alma da música, e evidentemente, eles tinham ódio de uma banda como nós. Portanto, eu não odeio mais o críticos, porque eu realmente não sei nada sobre as pessoas que criticam nossos albums”.

“As respostas dos fãs são sempre verdadeiras e reais – eles dizem coisas como ‘eu realmente não gostei daquela música, mas o resto do album é muito bom’; eles são honestos com o que pensam, sabe? Então eu aprecio as opiniões dos fãs mais do que a de alguém cuja funções é criticar albums. Se alguém compra nosso album porque ouviu uma música no rádio, provavelmente eles estão dentro do nosso estilo de música, então eu sinto que posso levar a opinião deles mais a sério”.