Vazou na internet uma carta do Linkin Park sobre o A Thousand Suns. Há duas mensagens: a primeira é aparentemente da banda para a gravadora, e a segunda é uma revisão do álbum para a imprensa.
1) A Thousand Suns
Quando terminamos um álbum, geralmente ele vem junto com um bloco de texto para descrevê-lo. A gravadora paga um escritor “de grande reputação” para escrever a decrição mais animadora deles, na esperança de que isso irá ajudar a convencer vocês a gostarem dele. Mas parece para a gente que palavras não fazem um bom trabalho para definir o som de um álbum, então pensamos em tentar algo diferente e dizer a vocês, diretamente da gente, o que estava na nossa mente enquanto fazíamos o nosso álbum, A Thousand Suns, o resto vamos deixar com vocês.
Antes de você ouvir a música, queríamos que vocês soubessem que essse álbum foi feito para ser apreciado assim: como um álbum.
Estamos cientes que muitas pessoas estão acostumadas à músicas pequenas e que servem para serem single. E devido a isso (ou talvez por causa disso), nós queremos que esse álbum os leve por uma jornada. Se você decidir ouvir o álbum em pedaços, tudo bem; Só queríamos te avisar que há uma parte da experiência que só funciona quando você ouve o A Thousand Suns do começo ao fim.
Ao ouvir alguns de nossos álbuns, é fácil esquecer que havia uma época, antes de seus lançamentos, que eles eram só uma idéia louca de um artista. Nós tentamos manter esse momento em mente enquanto fazíamos esse álbum. Nos providenciou a inspiração para tomar riscos e não nos preocupar a princípio se algo que tentássemos era diferente ou estranho.
Se você já está acostumado com nossa banda, você pode perceber alguma diferença no som desse álbum. Parte disso é porque nós amamos tentar coisas novas, e parte disso é porque há um som que nós temos esperado poder fazer na música alternativa moderna. Nós trabalhamos com o Rick Rubin de novo nesse álbum (ele co-produziu o último álbum) porque ele entendeu nossa visão de tentar capturar esse novo som.
Nós esperamos que vocês gostem da música e venham conversar conosco no www.linkinpark.com.
Brad, Chester, Dave, Joe, Mike e Rob.
OBS: As pessoas que trabalham duro para promover a nossa banda queriam que a gente adicionasse um monte de estatísticas aqui cujo motivo são para te impressionar. Nós não gostamos daquela idéia, mas como um compromisso, nós concordamos que daríamos um link caso vocês quisessem essa informação: http://en.wikipedia.org/wiki/linkin_park. Dissemos a eles que tínhamos certeza que vocês já ouviram falar da Wikipedia, mas eles não acreditaram na gente.
2) A Thousand Suns
Nós não estávamos fazendo um álbum
Por meses, nós estávamos destruindo e reconstruíndo nossa banda. Os experimentos que resultaram encheram o HD do estúdio com sons diversos e abstratos. Ecos sem forma, samples desagradáveis, staccatos feitos a mao juntados a melodia exclusiva. Cada faixa parecia uma alucinação.
Nós nem sabíamos se algum dessas idéias não ortodóxicas poderíam ser incorporadas em um álbum tradicional, mas nós sabíamos que nós não queríamos que o nosso próximo álbum fosse previsível. Ao sentarmos juntos no mesmo estúdio que fizemos o nosso primeiro álbum, nós seis fizemos um pacto de ir contra as estatísticas, a fazer algum verdadeiramente desafiador. Nós nos perguntamos: Nós estávamos verdadeiramente dispostos, mais do que nunca antes, a abandonar os princípios de ambição comercial para seguir o que nós acreditamos ser arte verdadeira?
A inclinação para começar a escrever músicas convencionais para um álbum convencional vieram e foram. A tentação para ajustar nossa visão criativa para encher nossas expectativas além das paredes do estúdio cedeu a audaciosa ambição do que ele esperava conseguir como uma banda. Os dois anos fazendo o A Thousand Suns marcaram nossa divertida, surrealista, e sempre desafiadora jornada ao criativo desconhecido.
Ao fim dessa competição, este corpo de trabalho juntou por inspiração inconsciente e esforço absoluto, revelou a nós noções agitadas e surpreendentes. A imagem personificada não é nem relacionada a crenças nem política. Os temas emergentes e metáforas iluminam uma história humana única.
O A Thousand Suns cobre o ciclo pessoal de orgulho, destruição e arrependimento. Na vida, como nos sonhos, essa sequença nem sempre é linear. E, às vezes, remorso verdadeiro penetra o ciclo devastador. A esperança, claro, brota da noção que a possibilidade de mudança nasce em nossos momentos mais agonizantes.
Aproveite a música.
Linkin Park
