• Home
  • Noticias
  • Em clima de fim de festa, Linkin Park faz show instável no SWU

Em clima de fim de festa, Linkin Park faz show instável no SWU

Dono de uma legião de fãs pra lá de fiéis, o Linkin Park ficou encarregado de encerrar as atividades do palco Ar, montado na fazenda Maeda, em Itu, parte do festival SWU. O grupo de Chester Bennington e Mike Shinoda se apresentou no mesmo palco que o Queens of the Stone Age e depois da apresentação dos veteranos do Pixies.

Com a pista muito esvaziada após as vibrantes apresentações de Queens Of The Stone Age e Pixies, a seção roqueia do último dia do Festival SWU terminou em clima desolador e de fim de festa. Com a missão de encerrar o evento que aconteceu na Fazenda Maeda em Itu, interior de São Paulo, o Linkin Park falhou na escolha do setlist e promoveu uma apresentação instável, cheia de altos e baixos e teve que apelar a já clássicos do primeiro disco para arrancar alguma reação mais forte do público.

Com um CD novinho na bagagem, o grupo californiano abriu a noite com as primeiras faixas do novo registro: The Requiem e The Radiance, além de Wretches and Kings, também de A Thousand Suns, lançado em setembro deste ano. Do último disco para o primeiro, o show prosseguiu com Papercut, do Hybrid Theory, de 2000. Given Up, New Divide deram sequência à apresentação, que até este ponto seguia pra lá de morna.

Culpa do experimentalismo da banda no início do show. O Linkin Park trocou seu modelo mais tradicional de apresentação e iniciou com uma sonoridade percussiva. Enquanto isso, na plateia, os fãs esperavam as guitarras distorcidas que deram fama ao conjunto. Tanta inserção de música eletrônica poderia fazer algum fã distraído confundir o Linkin Park com a atração seguinte, DJ Tiësto.

O primeiro bom momento da banda no SWU aconteceu apenas na sétima música, Faint, do álbum Meteora, de 2003. A essa altura, os vocalistas Chester Bennington e Mike Shinoda já deveriam ter percebido que o jogo não estava ganho, e que uma parada seria mortal. E foi. As intervenções em vídeo, em um telão no fundo do palco, deixava a plateia – preocupada em como ir embora de Itu – dispersa.

A seqüência seguinte incentivou muita gente a desistir do show. Em um único bloco tocaram Empty Spaces, When They Come For Me, No More Sorrow (essa com direito a playback sem vergonha nos backing vocals), Jornada Del Muerto e Waiting For The End. E lá veio mais uma das paradas para vídeos incompreensíveis (ou conceituais?) no telão.

Em seguida tocaram Wisdom, Justice & Love e Iridescent. Parece que não teria como salvar a noite, mas os acordes de Numb e, logo atrás, Breaking The Habit acordaram o público. Principalmente quando Bennington desceu do palco, foi à grade e cantou o último refrão literalmente nos braços dos fãs. Outra carta na manga foi a colocação de duas bandeiras brasileiras personalizadas para dar uma bajulada.

Era hora de mandar mais um petardo para tentar virar o jogo. Mas o grupo se ateve ao setlist organizado antes do show e quebrou o clima com Shadow Of The Day. Era só ter pulado essa, porque logo depois vieram Crawling e One Step Closer, ambas do disco de estreia.

O último capítulo da apresentação começou com Fallout, The Catalyst e The Messenger. E terminou com In The End, What I’ve Done e Bleed It Out, uma trinca forte, com letras na boca do público. Mas já era tarde demais para tirar o público da UTI. Cabia ao Linkin Park fechar a parte roqueira do festival, mas quem fez isso foi Queens Of The Stone Age e Pixies.