• Home
  • A Thousand Suns
  • Chester Bennington: ‘Estamos realmente nos focando mais para, no ano que vem, lançar mais um outro álbum’.

Chester Bennington: ‘Estamos realmente nos focando mais para, no ano que vem, lançar mais um outro álbum’.

Em uma entrevista para a AccessAllAreas, Chester Bennington falou sobre sua participação no último Jogos Mortais, sobre os shows da banda, novo álbum e álbuns antigos. Além disso, disse que o Linkin Park pode lançar um novo álbum em 2011.

AccessAllAreas: Hey, Chester. Como você está?
Chester Bennington: Eu estou bem, obrigado. Como você está?

AccessAllAreas: Eu estou muito bem, obrigado. De onde você está falando agora?
Chester Bennington: Estou no Arizona, estado onde nasci.

AccessAllAreas: Ótimo, é sempre bom ter algum tempo de descanso. Passou um bom tempo desde que você estava aqui, pela última vez, em 2007, mas você está finalmente voltando para a Austrália, em dezembro, em sua turnê mundial! Como é a sensação de estar voltando para cá?
Chester Bennington: Nós estamos realmente animados! Nós amamos tocar aí e, obviamente, nós amamos a temperatura de lá, nós passamos os últimos seis semanas na Europa, onde estava frio e cinzento, por isso estamos ansiosos para chegar, suar um pouco e tocar nossas novas músicas. Realmente é algo emocionante, temos aproveitado bastante a turnê até o momento, os shows têm sido fantásticos. Nós estamos olhando agora para o futuro.

AccessAllAreas: Quais são as suas lembranças de suas visitas anteriores? Já fez coisas de turista, anteriormente?
Chester Bennington: Eu acho que alguns dos rapazes conheceram um pouco do lugar. Eu não saio muito quando estou em turnê, eu costumo passar a maior parte dos meus dias se recuperando do show da noite anterior! Nós gostamos de sair e fazer algumas coisas. A última vez que tocamos na Austrália, tocamos com Chris Parnell, foi uma experiência muito boa, cantando todas as noites com um dos maiores vocalistas de todos os tempos. Nós nos tornamos grandes amigos, então isso é uma coisa realmente boa para se lembrar, o início da amizade com Chris, na Austrália.

AccessAllAreas: Vocês acabaram de anunciar que estarão terminando a turnê australiana com uma data em Canberra. Já estiveram lá antes?
Chester Bennington: Eu acho que não. Eu não tenho certeza… Eu costumo tentar não pensar em muitas coisas quando se trata de turnê. A vida pode perder a sua espontaneidade, quando sua vida está planejada com dois anos de antecedência.

AccessAllAreas: Como você compara o público australiano com os públicos de outros países?
Chester Bennington: Os públicos são normalmente bastante semelhantes, eu acho que realmente depende da quantidade de energia que a banda está passando e acho que nós geralmente percebemos que, quanto mais energia nós damos, mais emocionante é o nosso show, e recebemos mais energia de volta. E o público na Austrália não são diferentes do que os outros públicos que temos em qualquer outro lugar. Eu amo tocar para nossos fãs – que cantam todas as músicas, pulam, fazem mosh. É impressionante. Nós temos os melhores fãs do mundo. Temos sorte nesse sentido.

AccessAllAreas: Você pode me dizer sobre a produção que estão preparando para a Austrália?
Chester Bennington: Bem, não quero dar muitas expectativas, mas nós realmente queremos elevar o aspecto visual do nosso show, desta vez. Nós também achamos que isso irá ajudar a reunir algumas de nossas músicas antigas, junto com as novas músicas. Decidimos realmente montar um show com um visual mais deslumbrante, por isso temos algumas projeções bem legais, e nós temos grandes efeitos de luzes. Eu não tenho certeza se vamos com o nosso palco com andares, ou se nós vamos com o nosso o nosso palco em forma de chevron, mas, de qualquer forma, há bastante conteúdo visual legal. E isso é algo que muitos de nossos fãs, se eles nos viram antes, será uma experiência nova para eles.

AccessAllAreas: Agora, eu não tenho certeza se você está ciente disso, mas o Jay-Z estará em turnê com o U2, na Austrália, através da mesma empresa de turnês que vocês, enquanto vocês estiverem no país… Uma aparição de um no show do outro, é uma possibilidade válida?
Chester Bennington: É sempre uma possibilidade válida. Temos uma boa amizade com o Jay, não houve nenhuma conversa sobre isso, mas um monte das coisas que fizemos com Jay, são bastante espontâneas. Nós estivemos em Nova York, ao mesmo tempo e no dia do show, começamos com um telefonema dizendo: ‘Ei, o Jay quer fazer algo com vocês’ E nós respondemos, ‘Sim, ele pode ir pro palco se ele quiser!’. Isso já aconteceu antes, por isso, não ficaria surpreso, se isso acontecesse novamente. Mas normalmente o que fazemos com o Jay, são as melhores coisas e a forma como nós trabalhamos, é geralmente bastante orgânica e espontânea. Então, eu não sei se isso vai acontecer, mas não é algo impossível.

AccessAllAreas: Você teve uma lesão na última turnê pela Austrália, quebrando o pulso em Melbourne. Você será um pouco mais cauteloso desta vez?
Chester Bennington: Eu acho que a única coisa que aprendi, era não se preparar atrasado, em seus saltos! [Risos] Eu estava um pouco atrás de onde eu queria estar no palco e meu pé ficou preso na escada, por isso, se eu aprendi alguma coisa, é só pensar no que eu estou fazendo um pouco mais antes de agir. Mas eu ainda estou muito confiante e tudo mais, eu saio de mim nesses shows. Eu não deixo nada, como um braço quebrado ou um pulso quebrado, ou qualquer coisa assim, me impedir de fazer o que eu deveria estar fazendo lá no palco.

AccessAllAreas: Esse é o espírito rock’n’roll! Quem vai abrir os shows nesta turnê?
Chester Bennington: Nós tocaremos com uma banda chamada Dead Letter Circus, eles são da Austrália, obviamente… Nós estamos realmente animados. Acho uma grande banda. Estamos ansiosos para tocar com eles.

AccessAllAreas: Tem o dedo de vocês na decisão de quem irá abrir o show?
Chester Bennington: Eu decidi. Eu já tinha ouvido falar sobre desta banda e escutava suas músicas, achei que seria ótimo eles tocarem conosco. Parecem que eles realmente têm muita energia e a música é muito boa, eu realmente pensei que seria uma boa ideia para nós irmos lá e tocar com alguns dos talentos locais.

AccessAllAreas: O A Thousand Suns foi lançado há alguns meses, qual é a reação da banda com as críticas? Vocês ainda procuram começar um álbum na posição #1?
Chester Bennington: Sim, quando você cria algo bom, é emocionante. Nós não esperávamos ser #1, que é algo bom. Mas nós realmente queremos fazer o melhor disco que pudermos e nós sabíamos que antes do lançamento do álbum, estávamos felizes com o que fizemos, e ao mesmo tempo, também sabíamos, que nos sentimos assim com todos os álbuns que lançamos, você só não sabe como as pessoas vão reagir. As pessoas vão amá-lo? Eles irão odiá-lo? Então, quando tudo vai bem, é muito animador e nós tentamos sempre a desafiar-nos nos nossos álbuns, tentamos desafiar os nossos fãs. E os nossos fãs sempre aparecem. Os nossos fãs sempre aceitam o desafio e amam o que estamos fazendo e continuam a nos apoiar, o que é incrível.

AccessAllAreas: Você sempre volta atrás e escuta os álbuns mais antigos? Dez anos depois, qual é a sua opinião sobre o Hybrid Theory?
Chester Bennington: É interessante você perguntar isso, ligando esta, à pergunta anterior; reações dos fãs são sempre misturadas, porque algumas pessoas querem que você continue fazendo o que tem feito, é o que eles gostam. Algumas pessoas não querem que você faça a mesma coisa, eles querem que você continue a fazer algo diferente, porque você já fez isso nos seus álbuns anteriores, eles querem algo novo. Assim, você sempre terá uma reação mista de ambos os lados. As pessoas adoram uma nova direção ou odeiam. Havia um monte de gente dizendo que este disco soa tão diferente de tudo que você fez antes e estando na banda, eu passo um bom tempo tentando reconhecer o que isso significa. Então eu voltei e ouvi a todos os nossos álbuns numa viagem longa, eu ouvi desde o Hybrid Theory todo, até o fim do A Thousand Suns e foi interessante porque, pela primeira vez na minha carreira, eu ouvia o Hybrid Theory, e ficava, ‘Uau, isso soa como se tivesse saído há dois anos’. Considerando que, penso eu, o Minutes to Midnight e o A Thousand Suns serem mais recentes, novos e emocionantes, ao contrário do que foi a maneira de como me sentia em relação ao Hybrid Theory e Meteora, quando esses álbuns saíram, pareciam recentes, novos e diferente. Foi uma experiência legal, foi bom para sentir a mudança, reconhecer que estamos fazendo algo novo, algo diferente com as nossas novas músicas.

AccessAllAreas: Você sente que há uma evolução orgânica com a sua música, assim como ela mudou ao longo dos anos?
Chester Bennington: Sinto. Nós realmente colocamos muita ênfase em não repetir o que fizemos antes. Assim, ao fazer isso, nos obrigamos a voltar atrás e repensar a forma como escrevemos as músicas e como podemos criar um som com o objetivo que temos na música. Por isso, fazemos sempre coisas novas, que nos mantém e eu acho que isso também ajuda a manter as coisas em movimento, de uma forma que faz o som ser mais criativo. Não estamos apenas nos repetindo, isso poderia tornar-se mais do tipo como um trabalho, uma fábrica de música, basta fazer esse tipo de música. Por isso, as coisas continuam sendo orgânicas e acho que isso é algo que realmente aprecio em estar nesta banda.

AccessAllAreas: Eu tenho que perguntar sobre os Jogos Mortais! Como você entrou nessa?
Chester Bennington: [Risos] Eu meio que tropecei e caí nisso. Eu tenho um amigo que mora ao lado do produtor do filme e já tinha visto todos os filmes e os produtores descobriram que eu estava animado para assistir a continuação – no momento, Os Jogos Mortais V tinha acabado de sair. Eu estava muito animado em ver e vi que na noite anterior, meu amigo disse ao seu vizinho que assisti e, por isso, ele perguntou se eu estava interessado em fazer um papel num dos novos filmes, e deu certo de trabalhar neste seu último filme. Eu tive tempo para ir e participar. Eu realmente me diverti muito fazendo isso, foi realmente muito divertido. Eu não sou um ator ativo, eu não saio e treino papéis, nem nada, então se eu tiver uma oportunidade de fazer algo assim, me sinto na obrigação de aproveitar. Foi muito divertido.

AccessAllAreas: Olhando para 2011, o que está no horizonte para o Linkin Park? Haverá um possível DVD ao vivo desta turnê mundial?
Chester Bennington: Eu não sei. Nós não discutimos nada disso, estamos muito mais focados em realizar esses shows e fazer um grande show ao vivo e realmente focados em trabalhar no nosso próximo álbum. Nós tendemos a sermos bastante espontâneos com o que fazemos, por isso, se for um DVD ao vivo ou algo para dar algo aos nossos fãs, deve ser algo que eles vão gostar… Acho que estamos sempre tentando fazer algo para os nossos fãs e dar-lhes mais do que apenas um álbum, uma oportunidade de nos ver ao vivo. Nunca se sabe. Mas eu acho que nós estamos realmente nos focando mais para, no ano que vem, lançar mais um outro álbum.