Resenha da audição na Alemanha

Ana, do site phoenix-farrell.org, compareceu hoje à audição do A Thousand Suns na Alemanha. Ela pôde conhecer o Phoenix e o Mike e também ouvir o novo álbum na íntegra.

– Ana disse para o Mike que estava chocada, em um jeito positivo;
– O Chester fez rap, e de acordo com a Ana, ele não é um bom rapper;
– A última música conta com um violão e Chester, com uma pegada electro e hip-hop;
– O Mike está mais presente no álbum que o Chester;
– Há mais rap, mais presença do Joe, e menos guitarras;
– No geral, é um estilo de música que não esperamos, ficaremos um pouco chocados.

A Ana deve fazer uma resenha completa sobre a audição e o álbum em si, fiquem ligados no site para maiores informações.

Editado às 21h05 por Gustavo Cruzeiro:

Confira abaixo a tradução da resenha completa.

Audição do ATS

Entramos num cômodo com cadeiras e um sofá onde obviamente Mike e Phoenix iriam sentar.

Eles nos deram fones de ouvido sem fio para que nós pudéssemos ouvir o ATS sozinhos. (A banda não estava lá enquanto ouvíamos o álbum)

Não direi muito sobre as músicas, pois não quero estragar a surpresa, mas o que eu posso dizer é que você ficará chocado.

Nota adicional: Eu não pude distinguir muito bem quando era uma música nova, porque eles não pausaram para dizer o nome e mal se podia entender.

#1:
Com certeza posso afirmar que é uma jornada por uma atmosfera apocalíptica e que começa com um som misterioso, similar a algo alienígena que se constrói e entra em um toque de teclado. Esta faixa conta um coro e uma voz feminina dizendo “Don’t save us everyone, we are broken people living under loaded gun..” (Não salve a todos nós, somos um povo perdido vivendo em baixo de uma arma carregada…) e termina com um discurso original e digitalmente editado do Oppenheimer.

#2:
A segunda música começa com uma batida de coração na bateria que é seguida por uma guitarra pop e o Mike cantando. O teclado soava como música eletrônica mixada com elementos de jazz e depois que eles cantam “I’m losing what I don’t deserve” (Estou perdendo o que eu não mereço) e as guitarras somem e você só pode ouvir o teclado e o Mike cantando o final.

#3:
Começa com o som de grilos e bombas no fundo e depois você pode ouvir uma cantiga de marcha de soldados africanos.

Há uma pausa repentina na música e uma guitarra pesada bem distorcida entra (Eu nunca ouvi o Brad tocar tão pesado antes) e um ritmo de rap pesado entra.

Mike canta em ritmo de rap: “I’m not a robot, I’m not a monkey…” (Não sou um robô, não sou um macaco)

E neste álbum, o Mike diz “motherfucker” (um palavrão bastante pesado) pela primeira vez (2x na música) e o que vem depois do palavrão é uma parte perfeita para a a platéia cantar (Ohhh’s em ritmo de batida pesada -> soa como soldados se preparando para a guerra)

Termina com o chester cantando “When they come for me, I’ll be gone” (Quando eles procurarem por mim, terei ido) e a vem mesma cantiga de marcha do começo. (também conta com um estilo musical oriental)

#4:
Começa com um piano e Mike e Chester cantando Ohh

O estilo me lembra um pouco de Soundgarden, um estilo de rock mais antigo e o Chester cantando “You say you’re not gonna fight because no one’s gonna fight for you” (Você diz que não vai brigar porque ninguém vai brigar por você)

E nesta música (e também no álbum todo) você pode ouvir um som de cordas sintentizadoras e uma batida de bateria pesada similar à das músicas anteriores.

“Hold on to the weight of the world” (Agarre-se ao peso do mundo) é uma das principais mensagens da música.

#5:
Mike e Chester cantando em outra língua (ou Inglês ao contrário) e seguidos de uma distorção de guitarra e uma batida de bateria no estilo de What I’ve Done.

A música vai se construindo lentamente e desaparece em um espaço vazio.

#6:
Uma introdução de guitarra brusca (se repete 4 vezes) seguida de únicas notas de teclado e nesta faixa o Mike canta rap em um estilo de reggae mas mesmo assim se adequando com as guitarras. Outra pausa entra onde se acalma a velocidade da música e Chester canta: “Waiting for the end to come” (Esperando o fim chegar)

Uma balada entra e a música inteira tem um ritmo de cruzeiro (estilo de praias californianas)

* Uma música que dá até para dançar em uma boate *

#7: (PIOR MÚSICA)
Começa com uma pipa de órgão sintético e é baseado com uma batida de bateria rápida. Essa música me lembrou do estilo pop dos anos 80, mas o mais chocante foi o Chester cantar em rap bem rápido e (para mim) horrível.

E se você pensa que a música seria pop porque o Chester canta em rap, no refrão ele grita muito alto. (Mike mencionou em alguma entrevista que ele canta como se estivesse ficando louco)

A música é bem estranha e incomodante por causa do pop/rap (junto) do Chester não se familiarizarem com esses gritos loucos.

#8:
Quando a guitarra entra, me lembrou de uma música de electro rock/trash do Marilyn Manson, e a batida no estilo dubstep.

E a música tem uma velocidade rápida e é acalmada pelo Mike cantando em uma voz baixa “calm down” (acalme-se) e termina com o Chester o Mike cantando juntos.

Todos nós bagunçamos um pouco a lista de músicas, mas posso te dizer com toda certeza:
#10: Wretches And Kings
Começa com um discurso (obviamente da época da segunda guerra mundial). A guitarra soa muito estranho e o estilo é bem semelhante a intro de Lying From You de 2009.

O Mike canta rap nessa e o Chester canta com uma voz muito suja (semelhante à banda Skindred) e também é outra música perfeita para a platéia cantar junto. Nesta faixa, o Joe está bastante presente.

#11: (Deve ser Wisdom, Justice, And Love)
Uma introdução bem triste de teclado com um discurso histórico do Martin Luther King. Uma voz masculina diz “the end is near” (o fim está próximo) e passa bem devagar (com efeitos) para uma voz diabólica.

(No fim você consegue ouvir o Martin Luther King dizer “Wisdom, Justice and War” [Sabedoria, Justiça e Guerra])

#12: Iridiscent
Começa (de novo) com um piano no ritmo do qual o Mike canta em uma voz triste (muito emocional)

O Chester se junta ao Mike e a batida é similar a uma música do One Republic (Marhing On)

-> Para mim é uma balada pop (semelhante ao SOTD) <-

A música termina em um coro cantado pela banda toda.

#13: Fallout

(me lembra da música Buddha For Mary do 30 Seconds To Mars -> O começo com a voz distorcida)

#14:

The Catalyst.

#15: The Messenger

Bem similar à música Hero Of War do Rise Against.

Violão com o Chester cantando: “When you feel you’re alone, your instinct tells you to run…” (Quando você se sente sozinho, seu instinto te manda correr…)

Eu percebi que o Chester soou  mais nervoso com sua voz.

O piano seguiu do violão e o Chester repetiu “Back home, where life/love keeps you blind…” (Em casa, onde a vida/o amor te deixa cego…)

Sinto muito que não consigo me lembrar de tudo muito bem e que baguncei um pouco no começo, mas era bastante difícil perceber quando era uma música e quando era outra.

Sobre a guitarra:

A guitarra está basicamente no fundo, e com muitos efeitos (Flanging, Distorção), mas soa totalmente diferente do MTM, HT e o Meteora. Às vezes a banda toda pára e só se ouve a guitarra.

Sobre os vocais:

Com este álbum, posso afirmar que o Mike é o principal cantor e que Chester é o segundo. Porque na maioria do tempo eles cantam junto (30% respectivamente) e só em uma música o Chester canta sozinho.

Sobre o álbum:

O álbum é basicamente um álbum do Fort Minor com o Linkin Park. As baterias todas soam eletrônicas com batidas de hip-hop, há muita percussão diferente, e como eu mencionei antes, o Mike está bem mais presente que o Chester.

O Chester só grita duas vezes.

Minha opinião pessoal:

Esse álbum me impressionou bastante. Não soa nem um pouco como Linkin Park. Se você escutar com cuidado todas os remixes que o Mike fez (e também as introduções de What I’ve Done/Ambulância,  Lying From You), você poderia comparar este estilo ao novo álbum.

O Linkin Park está arriscando muito com essa direção totalmente diferente e os fãs  ou vão amar ou odiar.

Eu gosto, e não dá pra dizer o estilo porque há tantos. Soa como:

Soundgarden, Muse, Metric, 30 Seconds To Mars, Rise Against, Dr.Dre, Eminem, Pendulum, Dubstep, Electronica, etc, etc…

Eu espero que esta resenha não tenha te confundido muito. É muito difícil descrever o novo álbum e eu não consigo compará-lo a um estilo específico.