Linkin Park na Kerrang!

Como já sabem, o Linkin Park foi capa da última edição da revista Kerrang!. Trazemos em primeira mão, a tradução completa da matéria e scans da revista. Clique nas imagens para ampliar e em Mais para ler a tradução da matéria.

Uma coisa curiosa de hoje, é que pela primeira vez em sete anos ou mais que fui entrevistar o Linkin Park, eles parecem estar quase ficando mais à vontade. Estamos em Los Angeles, na incrivelmente agradável Sunset Marquis Hotel – um refúgio de luxo ao lado da lendária Sunset Strip, cujas paredes gemem sob o peso de fotos em preto e branco dos músicos que destruíram as salas daqui.

As últimas estrelas do rock que estavam desfrutando da hospitalidade do hotel eram o cantor do Linkin Park, Chester Bennington, o baixista Dave ‘Phoenix’ Farrel e pivô musical da banda e o outro vocalista, Mike Shinoda. O resto da banda – o guitarrista Brad Delson, o DJ Joe Hahn e o baterista Rob Bourdon – foram poupados de darem entrevista no dia, mas os três que estão aqui hoje, estão todos sorrindo, fazendo piadas e parecem satisfeitos por estarem presentes. Foi uma boa mudança.

Uma coisa curiosa é que, no passado, quando se falava de Linkin Park, eles eram excepcionalmente habilidosos em dizer absolutamente nada. Eles ficavam na defensiva, pareciam paranoicos e eles pareciam querer que você saísse pela porta antes que qualquer coisa pudesse acontecer. Como jornalista, você sairia com a impressão de como se você tivesse gasto 30 minutos, jogando uma bola contra uma parede: a cada vez, a bola voltava lentamente, progresso impossível.

Chester era a única exceção. Ele falou sobre a sua infância conturbada e os problemas que teve com as drogas e com o álcool, o que o fez diferente do resto de sua banda. Ele já falou sobre seu divórcio e o quão nervoso e falido, o deixou. Ele já revelou que houve momentos na vida dele, em que ele “acordaria e tomaria um pouco de Jack Daniel’s para acalmar e depois engoliria um monte de pílulas como um doido.” E isso foi o que o fez parecer, às vezes, o único na banda a ter uma personalidade.

Mike, até agora, permaneceu sendo como um livro fechado. Se pertence a alguém, o Linkin Park pertence ao Mike: ele é o mentor musical, é ele quem o resto da banda procura quando eles precisam de liderança ou novas músicas. Mesmo assim, de suas aparições públicas, ele parece ser mais um gerente de marketing do que músico. Hoje, para minha agradável surpresa, ele estava diferente.

Dave também – provavelmente por pouco não foi um dos dois frontmans – conseguiu manter-se bastante anônimo. No entanto, ao conhecê-lo, se descobre alguém descontraído e amável, com um excelente humor. Ele está interessado em fazer piadas, ele zomba delicadamente o Mike e, em contrapartida, é provocado de volta. Estranho, já que não foi isso com o que tinha me deparado antes.

Mas esta tarde, por algum motivo, a defensiva estava desativada. A conversa fluiu, os espíritos estavam elevados e o clima estava descontraído. É uma maneira agradável de passar algumas horas – que não é algo que acontece muitas vezes quando se entrevista o Linkin Park.

Eles estão aqui para falar sobre o A Thousand Suns – um álbum irá te fazer levantar as sobrancelhas. Desde o Minutes To Midnight, de 2007, em que tomaram um rumo diferente e rejeitaram o gênero nu-metal que ambos levaram e foram simbolizados. Seu quarto álbum continua os desviando desse caminho e parece ser a intenção de desconstruir a música que eles criaram nos dois primeiro, o primerio álbum, Hybrid Theory, e o segundo álbum, Meteora, (ou Hybrid Theory I e II, como Linkin Park, refletindo sobre suas similaridades, os chama em particular).

Foi com estas primeiras amostras que vieram a definir o nu-metal. Polido, rigorosamente e rigidamente estruturado, eles tocavam com refrão e riffs que transbordava nos dois com a sua pegada e comercialidade. Tal como foi o sucesso de seu álbum de estreia, que foi certificado Álbum de Diamante, colocando-o na mesma categoria, de vendas, como Pink Floyd, The Wall, Led Zeppelin IV e AC/DC, Back In Black. No total eles já venderam mais de 50 milhões de álbuns em todo o mundo e, segundo rumores, mais do que o U2 na década passada.

Mas eles não ficaram totalmente satisfeitos com o som que eles estavam sendo caracterizados e o terceiro álbum, Minutes To Midnight, foi projetado para manobrá-los para um território de um rock mais clássico. Mike, acompanhando o lançamento deste álbum, queria dizer coisas como: “Você pode enfiar o nu-metal no seu cu“, reforçando o desejo de ir em uma nova direção. O disco não vendeu tantas cópias quanto o primeiro ou o segundo, embora ele ainda tenha vindo a ganhar a platina dupla – mas, novamente, esse não era o objetivo.

Isso é tudo o que nos leva ao A Thousand Suns. Infelizmente, a paranoia com o vazamento das músicas ainda existe, então há apenas seis músicas disponíveis para escutar, antes de fazer perguntas aos seus criadores. Três delas estão, no momento da entrevista, sem título, assim, o que torna mais difícil ainda imaginar como todo o álbum é. Mas o que essas músicas revelam, é que o Linkin Park tomou novas medidas para rejeitarem o seu passado. Batidas automáticas estão bastante presentes. Há músicas que estão mais perto da dance music do que do rock, hip-hop e nu metal. Você tem que caçar o refrão, algumas músicas não têm estrutura alguma, mas simplesmente segue o fluxo normal, do início ao fim, enquanto outras contêm diversas influências, da até então removida, guitarra, com grandes ganchos da velha fórmula. Ouvindo as seis músicas que foram disponibilizadas hoje, é difícil ver como eles irão tocar isto ao vivo com a banda, juntamente com as velhas famosas músicas – “Sim, eu quero saber como seremos capazes de fazer isto ao vivo“, Chester, mais tarde, admitiu . Na verdade, é que muitas vezes a única coisa que permite que você saiba que é o Linkin Park, é com a voz inconfundível do cantor.

Três pensamentos surgem imediatamente à mente: o Minutes To Midnight soava como um álbum do Chester, e esse soa como um disco inteiramente do Mike, se a gravadora estivesse esperando por um retorno ao sucesso comercial, eles ficariam chateados, e o Linkin Park tentando acabar com o seu sucesso já adquirido, iria começar de novo?

Quando o Linkin Park começou a pensar no A Thousand Suns, eles começaram tendo uma reunião. Não havia nada em especial marcado na agenda – apenas um encontro para ver o que todos estavam pensando. Aos poucos, eles começaram a conversar sobre o novo álbum.

Acabamos apenas conversando por horas. Então fomos para casa. Nós nem sequer trabalhamos em alguma coisa“, diz Mike. “A conversa era sobre o tipo de álbum que queríamos fazer, o que nós pensamos que já tínhamos feito e o que devemos fazer. O que era tão legal era que nós estávamos na mesma página. Todos nós tínhamos a mesma visão“.

Essa visão, de acordo com o Chester, era ambiciosa. “Nós olhamos algumas das bandas que queríamos imitar: bandas como U2, bandas como The Beatles. São bandas que mudaram seu estilo por sua própria vontade“, diz ele. “Eu queria fazer um álbum que fizesse as pessoas se sentirem usando drogas. Eu queria fazer algo fodido. Quero que as pessoas não se sintam normais quando ouvirem. A questão era como conseguir fazer isso.

Primeiro, eles experimentaram alguns sons, muitas vezes independentemente do que os outros estavam fazendo e com o Mike assumindo a liderança.

Quando começamos, foi algo muito, muito sem rumo“, diz ele. “Você não pode chamá-las de músicas, eram apenas experiências. As músicas, no início desse processo eram bem cruas e desafiadoras. Algumas não tinham nenhum verso, nenhum refrão e sem alguma estrutura qualquer. Eram apenas palavras e melodias – às vezes nem mesmo palavras reais, mas apenas sílabas. Ao longo dos meses, foram evoluindo nas músicas atuais. Mas isso porque elas começaram a partir de jams, as estruturas estavam tendendo a serem mais aventureiras.

Isso, por si só, é algo radical para o Linkin Park. Ouça os dois primeiros álbuns, e você poderá ouvir seu plano estrutural repetidamente, em praticamente todas as músicas. Na verdade, perguntei a Chester sobre isso, e ele podia recitar a estrutura de cor.

Verso, pré-refrão refrão, verso, refrão, pré-refrão, ponte, refrão duplo, fim. Bam! Tá aí“, diz ele. “Nós não queremos fazer isso de novo. Em vez disso, começamos a fazer música. Podia vagar, podia se construir, podia fazer o que quisesse. Fizemos isto bastante, com músicas instrumentais que pareciam loucas. Nós fizemos tudo isso apenas com a ideia de criar algo com a mente livre.

O espírito de exploração está em tudo o que eles fizeram. Um dia, encheram o estúdio com 3.000 balões apenas para criar uma atmosfera diferente, por exemplo. O Mike usou alguns brinquedos eletrônicos da coleção do Joe e gravou os sons que eles faziam (e também o som que eles faziam quando ele os destruía) e os colocou no álbum também. “Houve momentos que eu não poderia saber se o som tinha sido feito pela [Marcas de teclado] Roland ou Fisher-Price.

E os resultados são as músicas que, como eles dizem, vagam. De uma banda cujo a música já foi inflexivelmente focada, tão comercial-de-três-minutos-e-meio, essa é uma mudança e tanto. Eu pergunto ao Chester se eles estão abertamente tentando acabar com o que veio antes e serem anti-Linkin Park. Ele já diz.

Eu concordaria com você aí. Não queremos fazer hits de rádio. Não queremos que seja o caso de, digamos, um refrão estar vindo e nós termos que colocar riffs de guitarras para dar uma levantada.

Somos muito bons com essas coisas – mas isso é o que já fizemos. Então nós intencionalmente queremos ser diferente do que achamos que já era esperado de nós.  Queremos criar os nossos próprios sons: nós estávamos ouvindo coisas em nossas cabeças que não existiam e queríamos fazê-las. Então achamos um jeito de sermos agressivos sem guitarras, e achamos um jeito de fazer hip-hop que não soa como rap-rock.

Que pena que você não pôde ouvir o álbum todo”, disse o Mike a mim. “É um álbum, se isso faz sentido. É para fluir do começo da primeira faixa até o fim da última. Eu acho que parte da força do primeiro álbum era que ele era uma coleção de músicas fortes e individuais. Mas poderia se colocar as músicas em qualquer ordem no álbum e tudo provavelmente teria ficado bem. Esse álbum é diferente. Ele te leva em uma jornada.

Ele parece, como ele mesmo diz, exausto. Na verdade, comparado ao seu jeito leve em suas aparições públicas, ele está muito descuidado hoje. O cabelo dele está grande e passando pelo rosto dele, quase escondendo os olho dele. Ele está usando uma camiseta emrpestada do Brad e a barba dele está algo entre bigode e esqueci-de-barbear. Ele parece muito como um viciado em trabalho ou um cientista maluco.

Eu definitivamente não sou uma pessoa muito calma e relaxada. Alguns dos caras da banda na verdade tentam me focar mais em relaxar. Mas eu tendo a ficar em modo de trabalho”.

Qualquer pessoa que tem que ‘se focar’ em relaxar com certeza não entende o conceito de relaxar, eu falo.

É muito divertido para mim, ver o estresse que o Mike passa ao tentar relaxar”, diz o Dave. “Nós brincamos que o Mike tem mais horas no dia que qualquer outra pessoa. Eu dou uma olhada no que eu fiz em um mês e depois eu dou uma olhada no que o Mike fez. Ele fez tudo que eu fiz, mas ele também fez uma exibição de arte, trabalhou em um projeto paralelo, gravou um álbum e todos os tipos de coisas.

Eu tenho medo que isso me faça parecer neurótico ou doido. Eu não acho que eu sou doido”, diz o Mike, rindo. “Eu não jogo golfe, não gosto de televisão, não vou muito ao cinema, então o estúdio é onde passo a maior parte do meu tempo. No estúdio e fazendo minha arte.”

Eu faço minha acusação de cientista maluco para ele e ele pensa por um segundo antes de concordar parcialmente.

Eu não achava isso até que eu vi um material recentemente”, ele responde. “Estávamos filmando um documentário para o making of do álbum e parte do material me fez ter medo de mim mesmo. Eu estava assistindo o material e pensando, ‘Cara, você está doido! Você está obsecado!’. E eu estava naquele momento.”

Admitir isso, junto com o fato que Chester estava sempre com seu projeto Dead By Sunrise durante alguns dos estágios de criação do A Thousand Suns, sugerem que o novo álbum da banda é um álbum mais do Mike, do que Chester. Eu pergunto a eles se este é o caso, mas os dois fogem da pergunta.

Fazer o álbum do Dead By Sunrise [O Out Of Ashes de 2009] na verdade foi muito bom para o álbum do Linkin Park, porque eu tinha me livrado de tudo aquilo”, diz o Chester sobre o álbum sobre o seu divórcio e problemas com álcool e drogas. “Significou que eu poderia vir e fazer um álbum com o Linkin Park, o que não era típico. Não era eu falando sobre meus sentimentinhos pobres e machucados de novo.”

A maior parte das coisas foi feita fora do estúdio principal e foi feito na minha casa ou na casa do Joe”, é tudo o que o Mike diz, antes de educadamente seguir em frente.

Entertanto, parece justo dizer que este álbum foi chefiado pelo Mike. É a obsessão dele que está no coração da banda, é ele que tem várias das ideias e o Linkin Park é, em grande parte, a visão dele.  Ele admite que essa linhagem pode causar problemas.

Há pressão, sim”, ele diz. “Houve casos em que eu senti como se todos estivessem olhando para mim e dizendo que eles precisariam de mim para fazer acontecer. Geralmente eu consigo fazer. Mas houve ocasiões que não consegui e isso me faz sentir como se eu tivesse me decepcionado e decepcionado os outros cara. Pode ser difícil.”

Um bom exemplo é a música que fizemos para o filme do Transformes [New Divide, de 2009]”, ele acrescenta. “Tivemos que escrever algo novo e a banda estava olhando pra mim com um olhar de, ‘Ok, Mike, o que você tem? ’. Então, eu trouxe algumas coisas e não estava bem no caminho. E isso me fez pensar, ‘Putz, vou conseguir fazer isso? ’. Obviamente, no fim, consegui. Mas é aí que a pressão entra. Essa é a hora de descobrir se eu consigo dar conta do recado.

O motivo, no caso, para a intensidade constante do Mike é clara: é porque ele é intenso.

O Dave é quase o contrário dele. Ele pode ser pode ser encontrado no golfe o mesmo tanto que pode ser encontrado no estúdio, e a atitude relaxada,  casual que ele tem está nos constrastes, com a impressão que o Linkin Park sempre deu de serem totalmente focados. O yin dele ajuda a relaxar o yang do Mike também.

Quando a Mike fica muito louco, eu estou aqui para ajudá-lo”, ele diz, brincando, antes de adicionar seriamente: “Eu acho que as pessoas veem a banda como uma entidade. Mas individualmente, nós somos bem diferentes em nossos interesses e personalidades.”

As pessoas pensam que a banda é algo frio, calculado”, adiciona o Mike. “Eu não sei por quê, mas damos essa impressão às pessoas. Uma pena que elas não entendem. Uma das coisas que faz a banda seguir é que, surpreendentemente, nós nos damos bem. E quando não estamos em entrevistas, nós zuamos de um jeito que nunca faríamos na frente de outras pessoas.

O que o Mike diz é verdade. Pergunte por aí sobre o que as pessoas pensam do Linkin Park e as resposas vão ser diversas. Poucas, entretanto, conterão as palavras quentes, receptivas ou amigáveis. Desde os primeiros dias seguindo em frente, eles são descobertos por serem profissionais isolados e únicos. Por que eles acham que é assim?

Para ser totalmente honesto, no começo tivemos a bênção e a maldição do que parecia ser sucesso repentino. De muitas maneiras, nós ficamos defensivos sobre isso. Nós erámos muito ruins quando o assunto era conversar [em entrevistas] porque já nos sentíamos desconfortáveis, então nossa guarda sempre estava ativa. Eu acho que ainda somos um pouco defensivos… Bem, na verdade, nós definitivamente somos defensivos e protetivos.”

É, por acaso, como família, eu sugiro. Membros de família podem criticar os outros, mas se alguém de fora tenta fazer o mesmo, a família inteira se une.

Na verdade,” diz o Mike. “Essa é a analogia perfeita.”

Enquanto meu tempo com o Linkin Park chega a um fim, eu me pergunto por que eles ainda estão aqui fazendo tudo isso. Com milhares de vendas e milhões de dólares no banco, por que se preocupar? Por que sair da zona de conforto deles e fazer um álbum que, com alta probabilidade, alguns dos fãs odiarão? Por que tomar esse risco ao invés de simplesmente mandar mais hits da fórmula tradicional e contar as vendas? Eu pergunto aos três a mesma pergunta.

O Chester disse isso: “Nós perguntamos o que iria nos fazer felizes. Para nós, o desafio era continuar perguntando a nós mesmos o que viria por frente e, com sorte, fazer com que todo mundo se perguntasse sobre o que iríamos fazer também.

A resposta do Dave é relativamente diferente: “Em todas as bandas, você chega a um ponto no qual você ou ama as pessoas com quem você toca ou não. E por ‘não’, eu quis dizer que você os odeia. Eu amo as pessoas com as quais eu toco. É por isso que faço o que faço.

Mas o Mike, o viciado em trabalho, e obsessivo líder da banda, marcada por sua seriedade, tem de longe a resposta mais surpreendente. Ele simplesmente diz isso: “Porque é divertido.”

E com isso, ele sorri, aperta minha mão e retorna para esperar o que o mundo fará de sua “diversão”, ou A Thousand Suns, como é também conhecida.

O SINGLE THE CATALYST SAIRÁ O DIA 6 DE SETEMBRO. O ÁLBUM O SEGUE NO DIA 13 DE SETEMBRO. A TURNÊ DO LINKIN PARK COMEÇA EM NOVEMBRO. CONFIRA O GUIA DE TURNÊ PARA DETALHES.

Box da página 4:

O QUÃO ANIMADO VOCÊ ESTÁ SOBRE O LANÇAMENTO DO A THOUSAND SUNS?

CHESTER BENNINGTON:Eu estou animado. Tudo que eu quero fazer é tocar as músicas novas. Parte de mim só quer tocar nada além de músicas novas e esquecer o resto das músicas, esse é o quão animado eu estou. Eu, na verdade, estou feliz por causa das músicas que nós compusemos – este é o tipo de álbum que queremos fazer a esse ponto. Te desafiar a criar algo diferente, e certificar que não se estabilize numa zona de conforto são coisas importantes. E é uma coisa dizer isso e é outra coisa poder fazer isso. Eu acho que conseguimos fazer.