Matéria do SWU na Billboard

A edição da revista Billboard deste mês, além de trazer uma reportagem sobre o Linkin Park, também trás uma reportagem sobre o SWU e seus preparativos. Confira uma matéria sobre o assunto abaixo, a matéria completa está disponível na revista.

Em um campo onde não há nada além de poeira, coqueiros recém-plantados e muita grama, o diretor de produção Milkon Chriesler, também conhecido como Mac, explica onde será erguida cada uma das quatro áreas de shows do SWU Music and Arts Festival, o tal Woodstock brasileiro que acontece em Itu (SP) entre 9 e 11 de outubro. Dando um giro em seu próprio eixo, o filho de russo que aprendeu a fazer festival na Holanda e cresceu no Rio de Janeiro aponta as quatro entradas destinadas a escoar 60 mil pessoas por dia de evento.

Um mês e meio antes do festival, a Billboard Brasil comeu um pouco da poeira do carrinho de golfe de Mac, em um tour pela fazenda Maeda, em Itu. Só mesmo enfiando o pé na lama para poder reportar quais as peculiaridades do terreno, já usado para raves com público de mais de 30 mil pagantes. Baixinhos e baixinhas podem comemorar desde já: o campo é levemente inclinado, o que permite avistar bem palcos sem ser prejudicado por cabeções proeminentes. No mais, fica claro o esforço de fazer valer a máxima do “não são só shows, é a experiência”, propagada pelo publicitário e produtor Eduardo Fischer. E repetida por Mac, que no Brasil tem como cartão de visita a produção do festival Maquinária, realizado no ano passado, com Faith No More como atração principal.

Quem escolher acampar vai ter acesso a toda a estrutura do lugar. Para ir da área cheia de pesqueiros até um jardim japonês, só usando o teleférico. De lá de cima, os mais afoitos poderão dar uma espiadinha em uma famosa propriedade vizinha, usada para locações do programa A Fazenda 3, da Rede Record. Além de duas tendas e dois palcos, há área para workshop de cultura orgânica, ilhas com placas de energia solar para o público carregar baterias, e outros espaços ainda não confirmados. Os portões vão abrir ao meio-dia e estão previstas 12 horas de show por dia. “Tem que estabelecer algumas regras, definir a hora em que os shows acabam. O pessoal do acampamento vai fazer rodinhas de violão ou mesmo bater uma bolinha”, arrisca Mac.

Ele sabe do que fala: já rodou muito por festivais em todo mundo. No dia do tour, ainda estava empolgado com o e-mail da organização do Coachella dando tapinha nas costas dos idealizadores do SWU. O pessoal do Glastonbury também já havia elogiado a proposta. “O mais legal é que todos eles vêm e querem participar.” Diferentemente dos gringos, aqui se paga para armar a barraca. Mais de metade da área de camping é terceirizada, o que justifica a cobrança de R$ 250 a R$ 600. Para Mac, raramente você verá alguémcom mais de 30 anos perambulando por lá. “Essa galera ainda está no gás para pegar o carro e ir acampar.Não é da cultura do brasileiro sair da capital e ir para o interior para um festival.”