Com uma sonoridade inédita (para a banda), o Linkin Park lançou seu novo CD, “A Thousand Suns”, disposto a arriscar.

No novo álbum, Chester Bennington e cia. praticamente abandonam as guitarras e instrumentos tradicionais, diminuem bastante a carga de hip hop e mergulham em ritmos experimentais.

A parafernália eletrônica, que era apenas complementar nos primeiros CDs, desta vez tem função primordial na composição das melodias. Com isso, a banda amadureceu sua veia eletrônica, acrescentando ainda uma miscelânea de elementos que remetem até à música indiana.

Em trabalhos anteriores, como o disco de remixes “Reanimation”, a pegada se aproximava mais do tecno convencional, com poucas inovações.

“A Thousand Suns” também confirma o que já se suspeitava desde o álbum anterior, “Minutes to Midnight”: o Linkin Park, que no início da década foi considerado um expoente do new metal, é cada vez mais “new” e menos “metal”. Apesar de não soar tão leve quanto em “Minutes”, a banda novamente deixou em segundo plano o som pesado e raivoso, e até os gritos rachados de Chester ficaram mais raros.

O “novo” Linkin Park, mais versátil, evoluiu musicalmente – apesar do estranhamento que pode causar aos fãs mais puristas.