O Examiner.com tem uma matéria sobre o Linkin Park produzida a partir de uma entrevista com Mike Shinoda. Foi publicada em 22 de setembro. Confira:
Mike Shinoda do Linkin Park fala sobre a produção de A Thousand Suns
Mês que vem (outubro) marca o aniversário do Hybrid Theory, álbum do Linkin Park que alcançou vários discos de platina, um álbum que lançou não só a carreira de seis caras de Agoura Hills, Califórnia, mas as carreiras de milhares de bandas de rock moderno que tem o mesmo estilo. Nu-metal, rap-metal, como você quiser chamar. Foi o início de uma era que, para melhor ou para pior, veio para definir o som do início dos anos 2000. Então, quando as entrevistas de pré-lançamento com a banda começaram a apontar uma direção completamente nova – uma direção além até do Minutes To Midnight, que em si foi uma grande mudança – meu interesse se despertou. E na tarde de lançamento de A Thousand Suns, quando todo o tipo de sentimentos começaram a apareceram nos posts do Twitter da fiel legião de fãs da banda, eu senti que o álbum seria algo especial e singular… e, realmente, é. Não apenas artisticamente, mas também comercialmente. O álbum estreou na primeira posição dos 200 da Billboard nos EUA, e atingiu o topo na Austrália, Áustria, Canadá, Alemanha, Hong Kong, Japão, Coreia, Nova Zelândia, Portugal, África do Sul, Cingapura, Suíça e Tailandia.
É verdade, essa página cobre música independente, e o Linkin Park – com 9 Grammys 9 aparições no Top 10 singles da Billboard – está bem longe de uma banda indie, mas o espírito de experiência e expansão nesse álbum precisa ser registrado. Eu passei um tempo no telefone com o Mike Shinoda, a cabeça criativa do grupo, para descobrir que levou a banda a criar A Thousand Suns.
Este álbum tem um sentimento muito diferente dos álbuns anteriores do Linkin Park, com menos ênfase em riffs épicos de guitarra e mais atenção em fabricar um som de paleta completamente novo e único para ser usado dentro de todos os diferentes estilos de canções. Você disse que vocês tentaram fazer um giro de 180º , com muita criatividade em termos de escrever letras, mas isso foi traduzido na forma como vocês trabalharam no estúdio?
Mike Shinoda: Uma coisa que eu queria mencionar, e parece sutil, mas eu acho que é um efeito mais agitado, é que eu voltei a estar em contato com coisas antigas. Especificamente eu peguei meu antigo sampler e comecei a mexer nos detalhes. Como a melhor batida que eu pudesse encontrar ou fazer, o melhor ruído que eu pudesse encontrar ou fazer. Quando eu comprei um sampler ou teclado pela primeira vez, eu não cheguei logo e comecei a tocar uma música. Eu cheguei e comecei a apertar botões e ouvir os diferentes sons. Pela primeira vez em um longo tempo, nós na verdade sentaríamos para ouvir, e não para fazer. Parte do esforço no começo era para reduzir a nossa paleta a algumas “cores” que nós achávamos que seriam uma boa base.
Dá para ouvir muitos desses sons no início do álbum.
Mike Shinoda: A primeira faixa, “The Requiem”, é na verdade feita de sons que você irá ouvir no álbum inteiro. Tem um pad que aparece um pouco nela que também aparece em “Journada Del Muerto”, e o pad é o pad principal ao fundo de “Blackout”.
A primeira vez que você trabalhou com o Rick Rubin foi no Minutes To Midnight. Você aprendeu algo novo com ele nesse tempo?
Mike shinoda: Nós temos uma canção chamada “Blackout”, e nós tínhamos um vocal bem legal para ela, mas toda vez que tentávamos escrever a letra, ficava horrível. Então o Rick sugeriu escrita automática. Ele disse: “Você sabe o que é isso?”. Eu disse: “Não”. Ele disse: “Eu tentei isso com o Tom Petty, o Johnny Cash e o Neil Young”.
Então naturalmente você quis tentar?
Mike Shinoda: (Risos) Eu disse:” É um bom começo. Como eu faço isso?” Ele disse: “Eu quero que você vá até o microfone e finja que sabe as palavras. Você deixa sair qualquer palavra que vier à mente e você saberá como aquela parte precisa ser. Você vai começar a encontrar palavras que se encaixam”. Tem algumas músicas no álbum que nós não paramos para escrever letra. Eu ainda estou tentando entender, porque nós simplesmente pegamos o microfone e começamos a anotar o que saia.
Em termos de som, eu realmente sinto que há duas facções em cena nesse álbum. Primeiro, canções que te convidam a dançar, quase uma batida 4/4. Como “Burning In The Skies” e “Blackout”. Depois tem essa vibração da era dourada dos hip-hops com “Wretches And Kings”, que ,para mim, tem um pouco de “Paul Revere” dos Beastie Boys.
Mike Shinoda: Imagine o quanto nós estávamos nervosos quando tocamos esse demo para o Rick? (Riso) São nesses casos que você volta a ter contato com os sons que você escolhe usar. Tem uma quantidade infinita de sons por aí, e eu acho que é fácil ser preguiçoso e dizer: “Estes são os sons que essa máquina em particular faz, eu vou escolher sons entre eles”. É tudo estética. Se você mudar o número de um desses sons de percussão para algo mais moderno, então toda a vibração de “Wretches And Kings” se perde.
Foi uma decisão consciente para realmente extrair o sabor do hip-hop clássico?
Mike Shinoda: Eu cresci com isso, então era mais do que a questão de eu realmente estar em contato com isso. O primeiro álbum que eu comprei foi o Raising Hell (do RUN DMC) em vinil, e logo depois o Licensed to Ill (do Beastie Boys). Todos meus primeiros álbuns favoritos eram de rap. Eu tenho os singles “You Gots To Chill” e “So What Cha Sayin'” (do EPMD) em vinil. Quando eu estava crescendo, esses eram meus sons favoritos.
Tem vários exemplos no álbum em que se tem sons que se difundem e se misturam com outros; guitarras e sintetizadores, batidas e percussão, seus vocais com os do Chester.
Mike Shinoda: É uma nota conceitual, mas nós queríamos que esse álbum parecesse com a vida moderna. Queríamos que algo fizesse referência a como os humanos e as tecnologias interagem hoje, mas não de forma óbvia ou muito maçante. Apenas a referência. Olhando para trás, aconteceu que naturalmente aqueles vocais, durante uma música, se transformam em algo mais robótico, ou o Chester dá lugar a mim, ou batidas sampleadas se transformam na bateria do Rob (Bourdon). Eu acho que esse é o resultado de tocar com um equipamento legal e de ter mais experiência no estúdio nesse momento da nossa carreira. Um monte de coisas aconteceu naturalmente. Mais frequentemente nesse álbum, nós não começávamos uma música pensando em como queríamos que ela acabasse. Apenas começávamos com uma mente aberta e deixávamos que ela nos mostrasse onde queria ir. Eu acho que parte do desenvolvimento de cada canção foi determinada pelo fato de que nossa banda quer ouvir sons novos e empolgantes. Então quando uma canção tomava um caminho diferente e começava a parecer que poderia fazer alguma coisa doida, nós aproveitávamos totalmente a oportunidade.
produçao (ou making of) de A Thousand Suns
Mês que vem (outubro) marca o aniversário do
Hybrid Theory, álbum do Linkin Park que
alcançou váriós discos de platina, um álbum
que lançou não só a carreira de seis caras
de Agoura
Hills, California, mas as carreiras de
milhares de bandas de rock moderno que tem o
som parecido. Nu-metal, rap-metal, como você
quiser chamar. Foi o início de uma era que,
para melhor ou para pior,veio para definir o
som do início dos anos 2000. Então, quando
as entrevistas de pré-lançamento com a banda
começaram a apontar uma direção
completamente nova – uma direção além até do
Minutes To Midnight, que em si foi uma
grande mudança – meu interesse se despertou.
E na tarde de lançamento de A Thousand Suns,
quando todo o tipo de sentimentos começaram
a apareceram nos posts do Twitter da fiel
legião de fãs da banda, eu senti que o
álbum seria algo especial e singular… e,
realmente, é. Não apenas artisticamente, mas
também comercialmente. O álbum estreiou na
primeira posição dos 200 da Billboard nos
EUA, e atingiu o topo na Austrália, Áustria,
Canadá, Alemanha, Hong Kong, Japão, Coreia,
Nova Zelândia, Portugal, África do sul,
cingapura, Suíça e Tailandia.
É verdade, essa página cobre música
independente, e o Linkin Park – com 9
Grammys 9 aparições no Top 10 singles da
Billboard – está bem longe de uma banda
indie, mas o espírito de experiência e
expansão nesse álbum precisa ser registrado.
Eu passei um tempo no telefone com o Mike
shinoda, a cabeça criativa do grupo, para
descobrir que levou a banda a criar A
Thousand Suns.
Este álbum tem um sentimento muito diferente
dos álbuns anteriores do Linkin Park, com
menosênfase em riffs épicos de guitarra e
mais atenção em fabricar um som de paleta
completamente novo e único para ser usado
dentro de todos os diferentes estilos de
canções. você disse que vocÊs tentaram fazer
um giro de 180º , com muita criatividade em
termos de escrecver letras, mas isso foi
traduzido na forma como vocês trabalharam no
estúdio?
Mike Shinoda: Uma coisa que eu queria
mencionar, e parece sutil mas eu acho que é
um efeito mais agitado, é que eu voltei a
estar em contato com coisas antigas.
Especificamente eu peguei meu antigo sampler
e comecei a mexer nos detalhes. Como a
melhor batida que eu pudesse encontrar ou
fazer, o melhor ruído que eu pudesse
encontrar ou fazer. Quando eu comprei um
sampler ou teclado pela primeira vez, eu não
cheguei logo e comecei a tocar uma canção.
eu cheguei e comecei a a apertar botões e
ouvir os diferentes trechos. Pela primeira
vez em um longo tempo, nós na verdade
sentaríamos para ouvir, e não para fazer.
Parte do esforço no começo era para reduzir
a nossa paleta a algumas “cores” que noós
achávamos que seriam uma boa base.
Dá para ouvir muitos desse sons no ínicio do
álbum.
Mike Shinoda: A primeira faixa, “The
Requiem”, é na verdade feita de sons que
você irá ouvir no álbum tinteiro. Tem um pad
que aparece um pouco nela que também aparece
em “Journada Del Muerto”, e o pad é o pad
principal ao fundo de “Blackout”.
A primeira vez que você trabalhou com o Rick
Rubin foi no Minutes To Midnight. Você
extraiu algo novo dele nesse tempo?
Mike shinoda: nós temos uma canção chamada
“Blackout”, e nós tínhamos um vocal bem
legal para ela, mas toda vez que tentávamos
escrever a letra, ficava horrível. então o
Rick sugeriu escrita automática. Ele disse:
“Você sabe o que é isso?”. Eu disse: “Não”.
Ele disse: “Eu tentei isso com o Tom Petty,
o Johnny Cash e o Neil Young”.
Então naturalmente você quis tentar?
Mike Shinoda: (Risos) Eu disse:” É um bom
começo. Como eu faço isso?” Ele disse: “Eu
quero que você vá até o microfone e finja
que sabe as palavras. VocÊ deixa sair
qualquer palavra que vier à mente e vocÊ
saberá como aquela parte precisa ser. Você
vai começar a encontrar palavras que se
encaixam”. Tem algumas músicas no álbum que
nós não paramos para escrever letra. Eu
ainda estou tentando entender, porque nós
simplesmente pegamos o microfone e começamos
a anotar o que saia.
Em termos de som, eu realmente sinto que há
duas facções em cena nesse álbum. Primeiro,
canções que te convidam a dançar, quase uma
batida 4/4. Como “Burning In The Skies” e
“Blackout”. Depois tem essa vibração da era
dourada dos hip-hops com “Wretches And
Kings”, que ,para mim, tem um pouco de “Paul
Revere” dos Beastie Boys.
Mike Shinoda: Imagine o quanto nós estávamos
nervosos quando tocamos esse demo para o
Rick? (Riso) São nesses casos que Você volta
a ter contato com os sons que você escolhe
usar. Tem uma quantidade infinita de sons
por aí, e eu acho que é fácil ser preguiçoso
e dizer: “Estes são os sons que essa máquina
em particular faz, eu vou escolher sons
entre eles”. É tudo estética. Se você mudar
o número de um desses sons de percussão para
algo mais moderno, então toda a vibração de
“Wretches And Kings” se perde.
foi uma decisão consciente para realmente
extrair o sabor do hip-hop clássico?
Mike Shinoda: Eu cresci com isso, então era
mais do que a questão de eu realmente estar
em contato com isso. O primeiro álbum que eu
comprei foi o Raising Hell (do RUN DMC) em
vinil, e logo depois o Licensed to Ill (do
Beastie Boys). Todos meus primeiros álbuns
favoritos eram de rap. Eu tenho os singles
“You Gots To Chill” e “So What Cha Sayin'”
(do EPMD) em vinil. Quando eu estava
crescendo, esses eram meus sons favoritos.
Tem vários exemplos no álbum em que se tem
sons que se difundem e se misturam com
outros; guitarras e sintetizadores, batidas
e percussão, seus vocais com os do Chester.
Mike Shinoda: É uma nota conceitual, mas nós
queríamos que esse álbum parecesse com a
vida moderna. Queríamos que algo fizesse
referência a como os humanos e as
tecnologias interagem hoje, mas não de forma
óbvia ou muito maçante. Apenas a referência.
Olhando para trás, aconteceu que
naturalmente aqueles vocais, durante uma
música, se transformam em algo mais
robótico, ou o Chester dá lugar a mim, ou
batidas sampleadas se transformam na bateria
do Rob (Bourdon). Eu acho que esse é o
resultado de tocar com um equipamento legal
e de ter mais experiência no estúdio nesse
momento da nossa carreira. Um monte de
coisas aconteceu naturalmente. Mais
frequentemente neese álbum, nós não
começávamos uma música pensando em como
queríamos que ela acabasse. Apenas
começávamos com uma mente aberta e
deixávamos que ela nos mostrasse onde queria
ir. Eu acho que parte do desenvolvimento de
cada canção foi determinado pelo fato de que
nossa banda quer ouvir sons novos e
empolgantes. enatão quando uma canção tomva
uma caminho diferente e começava a parecer
que poderia fazer alguma coisa doida, nós
aproveitávamos totalmente a oportunidade.