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Resenha “The Hunting Party” pelo LinkinPark:br

A equipe do LP:BR foi convidada para a audição exclusiva do novo álbum do Linkin Park, o “The Hunting Party”, que será lançado no próximo dia 17.
O encontro promovido pela Warner Music Brasil em parceria com a Rádio Rock 89FM, em São Paulo, e com a Rádio Cidade, no Rio de Janeiro, aconteceu na tarde desta quarta-feira (04), respectivamente no escritório da gravadora e nos estúdios da rádio carioca. O evento contou com a presença de um grupo de fãs, representante da gravadora e, somente no Rio de Janeiro, a equipe do programa “A Hora dos Perdidos”.

Audição "The Hunting Party"

Clique em “mais” para ler a resenha.

Em meio a toda expectativa por “mais um álbum do Linkin Park”, dado play na primeira faixa do CD, a banda não pede para entrar, ela chuta a porta!

“Keys to the Kingdom”: Logo de cara você se assusta com a introdução, pensando até se não há algum problema no áudio. Dentre muitos ruídos você ouve Chester gritando incontrolavelmente com uma voz distorcida até que a bateria é introduzida. Após isso você vê que é inconfundivelmente uma música do Linkin Park, ela chega com tudo: rápida, Mike no melhor do rap, Chester com seus berros, guitarras pesadas, Rob “brincando” na bateria… O tipo de som que quebrou qualquer barreira que existia como uma forma de auto-defesa para não se decepcionar com esse novo álbum. A única nota mental feita: “sem-tempo-para-respirar”.
“All for Nothing”: Rob chama a atenção mais uma vez, e quando dizemos que ele brinca na bateria, é porque o cara está “mandando”. É o tipo de batida que o coração chegava a pular junto (obrigado, Rob! Não temos problemas cardíacos). A voz do Mike é bastante explorada, limpa. Chester está mais como um backing vocal. O refrão fica por conta de Page Hamilton. Quem conhece Helmet vai realmente se identificar com essa música.

“Guilty all the Same”: vocês já sabem.

“The Summoning”: Essa é uma canção basicamente instrumental, com efeitos de distorção. Dura tão pouco que deve ser o tempo para tomar um gole d’água. Água, galera, porque em seguida…

“War”: Escutar esta música nos fez instantaneamente imaginar uma roda punk se formando, girando e devastando tudo numa explosão de puro punk rock. Pesada. Rápida. Berros. Chester! Quem já ouviu o cover de “Ace of Spades” do Motörhead que Chester fez, vai se identificar bastante com o modo que ele canta. E o mais sensacional foi que essa música particularmente fez lembrar de shows de bandas underground, aquelas que jamais se corromperiam ao som “rock aceitável sucessinho no mainstream”. Essa música em especial, fez sentir que o Linkin Park deu uma resposta para o público: “era rock que vocês queriam? Tomem isso!”

“Wastelands”: Vocês também já devem ter ouvido. Se não ouviram, ouçam, porque não é uma disperdiciolândia (que valha essa tentativa de piada).

“Until it’s Gone”: Vocês também já devem ter ouvido, relaxem… É aqui que você tem um break pra respirar e relembrar um pouco da sonoridade dos últimos álbuns da banda.

“Rebellion”: Apesar de já termos ouvido um dia antes, não houve a possibilidade de fazer notas para essa música, não cabia na cabeça. A aposta é que essa música seria a melhor do CD, talvez seja uma opinião particular, mas era o som mais pesado que há tempos esperávamos, uma combinação sonora que veio pra quebrar o conforto do ‘rock’ que o Linkin Park vinha fazendo. Ouve-se a semelhança com músicas do System of a Down (por que será?!), mas é uma semelhança positiva, não copiativa.

“Mark the Graves”: Com uma introdução longa, isso meio que quebrou o ritmo do CD depois de “Rebellion”. Longe de ser ruim, se ouve descidas e subidas nos instrumentos, soa quase gradual, até que surge uma pancada, uma quebra com o Chester vindo para acabar com esse “sobe e desce sonoro” e canta em tom alto, até que o vocal também desacelera. Repetimos, não é uma música ruim, ela apenas “quebrou o clima”.
E o curioso dessa música, consenso na audição, se repara em certo momento uma semelhança com trecho da música “Blackout”. Não se sabe se isso foi proposital ou coincidência, ou talvez até coisas das nossas cabeças.

“Drawbar”: Instrumental. E vocês devem se perguntar: “Cadê o Tom Morello?”, boa pergunta. Nós também a fizemos.

“Final Masquerade”: Essa segue mais como uma faixa que se concentra na “ala do descanso do Linkin Park” depois da pancadaria até Rebellion. Soa como Until it’s Gone (não ao pé da letra) e lembra até uma balada com uma pitada de Dead By Sunrise. Grandes chances de ser o próximo single.

“A Line in the Sand”: Ainda na mesma ala. Nosso comentário no momento da audição foi: “Acho que eles quiseram descansar”. É uma daquelas músicas que começam frias, se parece muito com “Guilty all the Same”, Mike canta limpo, sem rap. Em algum momento chega uma batida frenética que te surpreende e o Chester chega dando uma subida no vocal. Mike finaliza da mesma forma que começou, de forma lenta.

Considerações finais:
O “The Hunting Party” é mais um álbum que surpreende. Se alguém aguardava decepção, ironicamente se decepcionou. Se você gosta de peso, ele com certeza irá te agradar.
THP é o álbum que ousamos dizer que será um dos melhores o Linkin Park. Talvez muitos não irão concordar com isso, e lembramos mais uma vez que somos fãs / ouvintes.
Mas o fato é que fomos com pouca expectativa de que algo nos surpreenderia. Fomos com a guarda baixa. Fomos nocauteados.
Mesmo na contramão das tendências musicais, o “The Hunting Party” chega dia 17 de junho para lembrar o motivo de não desistirmos do Linkin Park: a incrível capacidade dessa banda se reinventar.