[Linkin Park – An Operator’s Manual]

A Omega’s Apple publicou recentemente uma entrevista exclusiva com o jornalista de metal, Neil Daniels. Os assuntos da entrevista incluíram o seu livro “Linkin Park – An Operator’s Manual“, além de seus outros livros, chamados “The Story Of Judas Priest: Defenders Of The Faith“, “All Pen’s Blazing – A Heavy Metal Writer’s Handbook” e “Rock ‘N’ Roll Mercenaries – Interviews With Rock Stars Volume 1“.


Clique na imagem para ampliar
Veja alguns trechos da entrevista a seguir:

Apple Omega: Como você chegou a escrever o ‘Linkin Park – An Operator’s Manual’, e para aqueles que possam estar curiosos, você pode explicar o que seria “um manual de operadores’?

Neil Daniels: É basicamente como os livros de ajuda, que funcionam como guia, que você vê em toda parte, mas é evidente que não poderia nomeá-lo assim, por razões legais. Não é uma biografia ou um livro de A a Z, mas é feita de capítulos separados, lidando com os diferentes aspectos da banda; então é uma bio mais direta, com informações sobre os seus projetos a solo, pessoal associado a banda, discografias, datas de shows, etc. Não é um livro que você deve ler inteiro, mas você pesquisar algo lá, para referência. Fui convidado a escrevê-lo pelo Chrome Dreams, depois que eu fiz o livro do Bon Jovi para eles.

Claro, o livro aborda cada álbum de Linkin Park em detalhe. Com isso em mente, eu gostaria de saber as suas opiniões e sentimentos de cada álbum de estúdio do Linkin Park. Vamos começar com o álbum ‘Hybrid Theory’, de 2000, que recebeu o primeiro certificado de diamante (pela RIAA) da banda. Na sua opinião, o que fez o álbum de estréia ‘Hybrid Theory’ ser o álbum mais vendido do século XXI?

Eu ainda acho que é melhor álbum deles. Era totalmente diferente de tudo ao mesmo tempo e ainda soa forte e energético hoje em dia. Há mesmo um som de metal, que é de interesse para os fãs de metal, e o rap, trouxe os fãs de rap. Eu realmente não me importo com o rap/hip-hop, mas ele fica muito bom nas coisas do Linkin Park.

O segundo álbum de estúdio “Meteora”, chegou em 2003. Você acha que este álbum foi criado para superar o ‘Hybrid Theory’? Ou talvez você acha que foi apenas uma tentativa de replicar o sucesso da estréia?

Eles tem seus próprios méritos mas foi uma tentativa da banda de replicar o primeiro álbum e, por essa razão, não foi muito bem aceito pelos críticos mas, mesmo assim, vendeu milhares de cópias. Eu gostei dele e ainda tem o ouço de vez em quando.

No final de 2004, teve o lançamento do Collision Course, um EP que misturou as músicas do grupo, com o material do Jay-Z. Foi um movimento inspirado ou um grande erro?

Em termos de criatividade, forneceu uma saída para a banda para experimentar mais os elementos do hip-hop e rap. Mas isso não foi bem aceito pela base de fãs que curtem mais o lado metal e os críticos não estavam muito interessados. Eu particularmente não gostei e nunca mais o ouvi por diversão.

O ‘Minutes To Midnight’, de 2007, foi provavelmente uma tentativa de mudar o estilo musical do grupo, um pouco. Você acha que essa foi uma transição bem-sucedida ou que o Linkin Park ficou com uma identidade confusa?

Eu realmente gosto do ‘Minutes To Midnight’. Tem um som de rock clássico que o Rick Rubin, obviamente, trouxe para a mesa. Tem algumas melodias fantásticas e refrões cativantes. OK, pode não soar como o “Hybrid Theory”, mas e daí? Eles pareceriam que estavam sendo aniquilados por isso (no caso, pelo “Meteora”). Você não pode se superar. É bom para as bandas explorarem novos empreendimentos musicais. Aquelas músicas do ‘Minutes’ soam muito bem ao vivo também.

E, finalmente, como é que você pessoalmente resume as realizações musicais do Linkin Park no mundo da música, no geral? De que formas eles possivelmente moldaram o cenário musical? Uma matéria até chegou a dizer que o livro do Linkin Park, “trata da mesma maneira como tratam o Bon Jovi, U2 e Nirvana”.

Bem, eu não escrevi essa matéria. Eles certamente merecem mais respeito do que eles estão dando. Eu acho que eles têm seu próprio estilo de som, que era totalmente diferente de qualquer outro e eles mostraram a todos como explorar novas ideias e mudar o seu próprio “estilo musical”. Isso me confunde, por que eles não são totalmente reconhecidos criticamente. Claro, nem tudo o que eles têm feito é fantástico, mas eles merecem mais reconhecimento e as suas apresentações ao vivo são extremamente contagiantes. Eles, certamente, não são uma banda corporativa, ao contrário do que a maioria acha. Eles tiveram a ajuda do pessoal da gravadora mas eles não foram criados por nenhuma gravadora. Muitas das bandas são ridicularizadas durante a primeira década (ou por duas) da sua carreira e então eles se tornaram extremamente populares… dê uma olhada no AC/DC. É com altos e baixos.

Fonte: Ultimate Guitar