Linkin Park – as origens

Em 2006 publicamos esse texto explicando as origens do Linkin Park. Fez sucesso na época, e agora que a banda lançou um novo disco, resolvemos republicar para que os novos [e os antigos] fãs saibam em detalhes como foi que o LP chegou onde está agora.
As citações da matéria foram retiradas do especial da BBC1.

Por que toda banda tem um começo!

São dez anos de Linkin Park fazendo sucesso. É um longo tempo, né gente? Observamos fóruns e comunidades por aí, vemos que a banda ganhou muitos novos fãs desde que lançaram One Step Closer. Muitas dúvidas sobre a formação da banda e sobre outros aspectos mais, ahm, periféricos, né?
O objetivo do LinkinPark:br sempre foi trazer aos fãs toda a informação e notícia sobre a banda, e enquanto isso estiver ao nosso alcance, é o que nós faremos. E para seguir em frente…

Esse mini-especial foi baseado em um post de 2006 no nosso fórum. Muita gente descobriu informações novas lá e ficou interessado, então juntamos tudo que sabemos sobre o início e a formação da banda. Se algum dia alguém precisar tirar aquela dúvida de última hora, é só correr pra cá! Se tiver mais alguma informação e quiser contribuir, já sabe: contato@linkinparkbr.com. Todos prontos? Vamos lá!

01. Xero
Phoenix conheceu Brad Delson com 18 anos na UCLA onde dividiam um quarto. Eles tocaram em uma banda com Rob. Mike e Brad se conheciam há tempos e  um outro cara, chamado Ryan, começou uma banda chamada Room 5 onde os três tocaram por um tempo. Tempos depois, Mike conheceu Joe Hahn na Pasadena Art College of Design.  Só faltava um vocalista: Mark Wakefield, antigo conhecido do Mike. Todos eles amavam a música e tinham algum dom nessa área. A base da banda estava formada. Mike disse em uma entrevista que Mark tinha medo do palco e para se sentir mais relaxado fazia Mike usar roupas engraçadas. As primeiros demos eram mash-ups, e soava como uma mistura de Alice in Chains, Nirvana e Rage Against the Machine. Soava underground e eletrônico, como o Prodigy.
Sob o nome ‘Super Xero‘ e depois ‘Xero‘, usavam o tempo livre produzindo músicas num estúdio improvisado no quarto do Mike, e logo esse trabalho deu frutos: a primeira fita demo da banda, gravada em 1997. Essa daí ó:


Lado A:
Rhinestone [delson/hahn/shinoda/wakefield]
Reading My Eyes [shinoda/wakefield]
Lado B:
Fuse [shinoda/wakefield]
Stick N Move [shinoda/wakefield]
Todas as faixas foram produzidas por Mike Shinoda.

Rhinestone‘ pode ser considerada a demo de ‘Forgotten‘ e o riff inicial de ‘Stick N Move‘ foi re-utilizado em ‘Runaway‘.
Foram produzidas poucas cópias dessa fita, mas de vez em quando aparece uma cópia no eBay, por um preço bem salgado. Apesar das músicas serem boas e bem produzidas, nunca conseguiram um bom contato com grandes gravadoras.

Em 10 de agosto de 1997 o Xero fez um show no Lynus Brook Club, em Los Angeles, e o setlist foi esse aqui:
01. Rhinestone
02. The Team
03. Reading My Eyes
04. Untitled
05. Explode
06. Rhinestone [parte dois]
07. Now I See
08. Fuse

‘The Team’ e ‘Explode‘ também são músicas do Xero, sim! Segundo fontes razoavelmente confiáveis, ‘The Team‘ é demo de ‘Carousel‘, ‘Explode‘ é demo de ‘Part Of Me‘, ‘Rhinestone [parte 2]’ é demo de ‘Stick N Move’, e como todo mundo já sabe, ‘Untitled‘ é demo de ‘In The End‘ e ‘Now I See‘ é demo de ‘With You‘.
Existe mais uma faixa conhecida dessa época chamada ‘Pictureboard‘ sendo que essa última o Linkin Park tocou num show em 2000 [mas não se afobe:  ninguém tem essa mp3].

02. A saída de Mark Wakefield, a teoria híbrida e “a voz mais poderosa que já ouvi!”.
Ok, estão acompanhando?
Todo mundo sabe que não importa se as músicas de uma banda são boas: se você não tem uma gravadora, fica difícil fazer sucesso. E foi isso que aconteceu com o Xero. A maioria dos integrantes  queria continuar aprimorando suas técnicas e procurar outros selos, mas nesse momento Mark Wakefield descobre que não é exatamente isso que quer, principalmente por causa do seu medo de cantar em público. No meio do caminho, a banda perde o vocalista.
Enquanto isso, em algum lugar do Arizona, Chester Bennington liderava o Grey Daze que, nem de longe, chegava perto de seus objetivos.
Tendo alguns amigos em comum com o Xero, Chester ficou sabendo que a banda precisava de um vocalista. Entraram em contato, Chester mandou uma fita demo pra o Xero e vice-e-versa e logo Bennington viajava ao encontro de sua futura banda. Após o teste de Chester, outros vocalistas foram testados, e um deles disse que se a banda não escolhesse Chester eles eram loucos. Chester foi aceito e agora o grupo decidiu mudar de nome. Encontraram algo que exemplificava exatamente o som da banda: Hybrid Theory.
Novo nome e novas músicas. Depois da entrada de Chester a banda gravou mais algumas faixas, produziu mais uma fita demo [que continha with you e points of authority] e um cd demo [com esaul e by myself]. Logo depois disso surgiu o EP mais famoso do grupo:

Hybrid Theory EP

01. Carousel  [shinoda, hahn, delson, bennington, bourdon]
02. Technique [shinoda, hahn]
03. Step Up [shinoda, hahn, delson]
04. And One [shinoda, hahn, delson, bennington, bourdon]
05. High Voltage [shinoda, hahn, delson]
06. Part Of Me [shinoda, hahn, delson, bennington, bourdon]
Produzido por Mudrock e Mike Shinoda, e mixado po Pat Kraus, esse EP foi lançado pelo Mix Media Enterteinment.

Ah! o baixista desse disco foi Kyle Christner, por que Phoenix estava em tour com o Snax. Ian Hornbeck e Scott Koziol tocaram baixo nas gravações do Hybrid Theory, mas logo Phoenix largou o Snax e voltou para o Hybrid Theory, mas não sem antes fazer outro teste.

03. Warner e Lincoln Park
Demos na mão, a banda continuou correndo atrás de uma gravadora. Chester diz que naquela época se esforçavam em escrever músicas boas o bastante para conseguir um contrato, mas ainda assim foram rejeitados muitas vezes.  Conseguiram um contrato com a Warner porque seu primeiro empresário da banda trabalhava lá. Eles comentam que nunca ouviram nada do tipo “Ei adoramos seu som, queremos assinar com vocês”, e sim “Ei, convenci uns caras a dar uma chance pra vocês, mas vão ter de fazer algo grande” – bem diferente do que sonhavam. Chester disse que a gravadora queria tirar alguns membros da banda, colocar outros, deixá-los parecido com outras bandas… mas no final continuaram com a formação atual.

Assinaram o contrato e aí, mais um problema: já existia uma banda chamada Hybrid Theory e a Warner estava interessada neles. Segundo Chester, é dez vezes mais difícil escolher um nome para a banda do que fazer uma música. Depois de muitas idéias [que incluíam ‘Clear‘, ‘Probing Lagers‘ e ‘Platinum Lotus Foundation‘], decidiram finalmente por Linkin Park. Esse nome surgiu porque Chester costumava dirigir pelo Lincoln Park, em Santa Mônica, que era um  bairro onde os desabrigados costumavam ir, e esse nome ganhou a atenção de todos por sua boa sonoridade.  Chester estacionava seu carro nesse parque e dormiu lá por vários dias quando chegou em Los Angeles. Mudaram um pouco a grafia por que já existiam várias bandas chamadas ‘Lincoln Park’, mas a pronúncia é igual. Todos gostavam do nome porque a música definiria o nome, e não o contrário. Além disso seria muito mais fácil alguém encontrar uma banda com essa grafia diferente e o domínio custaria apenas U$15.

Segundo Mike, o momento do contrato foi o mais difícil. Os próprios membros da banda não conseguiam chegar a um acordo. A gravadora disse que se eles não conseguissem se unir e escrever algo juntos não havia motivos para fazer um contrato. No final, claro, prevaleceu a música que a banda produziu em conjunto e o contrato foi assinado.

A continuação da história é bem conhecida né? Gravaram o Hybrid Theory, lançaram em outubro de 2000… e o resto, como costumam dizer por aí, é história!

Esperamos ter reunido aqui todas as informações sobre a origem da banda. Qualquer coisa corre pro e-mail de contato: contato@linkinparkbr.com, e tentaremos te ajudar o quanto antes!

things aren't the way they were before; you wouldn't even recognize me anymore.