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Linkin Park fala sobre “A Thousand Suns” e a preparação para a turnê nos estádios

O site SoundSpike publicou uma matéria sobre a essa semana. Confira a tradução:

Quando o Linkin Park estava se preparando para gravar seu último álbum “A Thousand Suns”, a banda considerou  a ideia de trazer um co-produtor para a ajudar o vocalista/multi-instrumentista Mike Shinoda a acertar os nós.

“Não queríamos que viesse outra pessoa e meio que estragasse as coisas que estávamos fazendo e gostávamos,” disse Shinoda durante uma teleconferência de duas horas com repórteres recentemente. Entretanto, o Linkin Park decidiu que o lendário produtor Rick Rubin era o cara para o trabalho. “Quando ele chegou, era óbvio que ele amava o que estávamos fazendo e ele não tinha intenção de mudar,” disse Shinoda. “Ele tinha a intenção de tentar nos ajudar chegar lá da melhor maneira possível. Então, foi assim que acabamos trabalhando com o Rick. Mas isso é dizer que nós tínhamos uma noção do que era no início, e então, pelo caminho, tomamos decisões que nos ajudaram a ficar nos trilhos e manter nossas mentes abertas à experimentação e coisas novas.”

O vocalista Chester Bennington, durante a mesma tele-conferência, disse que a banda estava indo para uma vibração específica. O grupo sabia que queria que “A Thousand Suns” fosse apresentado como uma peça completa de arte, em vez de uma mera coleção de músicas.

“Eu sei que os fãs obstinados do Linkin Park tem a mente muito aberta para o que fazemos e às vezes leva um tempo para as pessoas digerirem as novas músicas, mas quando tudo se encaixar, especialmente nesse álbum, eu acho que as pessoas vão realmente apreciar o que fizemos aqui e vê-lo como queríamos que fosse visto,” disse Bennington.

Shinoda e Bennington estavam no telefone para promover “A Thousand Suns”, um grande afastamento de seus lançamentos anteriores, se aproximando do dance-rock industrial que tem sons que lembram os anos 90. “A Thousand Suns”, que vendeu 630 mil cópias desde seu lançamento em setembro passado, de acordo com o Nielsen SoundScan, é o primeiro trabalho de estúdio do Linkin Park desde o platina duplo de 2007 “Minutes to Midnight”.

“A diferença no som da banda de álbum pra álbum é algo que nós resolvemos fazer por que queremos fazer algo que soe novo e empolgante para nós,” disse Shinoda. “Porém, no começo de uma gravação, nós podemos ter uma ideia do som dela, mas não temos uma compreensão definitiva de como é aquele som. Então, só para dar um exemplo efetivo, quando estávamos fazendo demos para ‘A Thousand Suns’, queríamos que soassem diferentes. Estávamos fazendo demos e sabíamos que o som tinha uma base um pouco mais eletrônica e era mais solto e quase mais abstrato. Nessa época, ainda nem tínhamos contratado um produtor.”

O fãs vão poder ouvir o material do novo álbum ao vivo quando Bennington e Shinoda – junto com os companheiros de banda, o baterista Rob Bourdon, o guitarrista Brad Delson, DJ Joe Hahn e o baixista Dave “Phoenix” Farrell – se apresentarem na turnê que começa em 20 de janeiro. Bennington explicou que tocar em estádios é o melhor cenário possível para ele.

“Você tem de tudo nesse tipo de ambiente,” ele disse. “Ainda há uma intimidade que se pode ter com os fãs. Você fica realmente envolvido na performance da banda e isso, pra mim, é o cenário ideal,”

Ele disse que a energia em um estádio é tão boa que deixa a experiência “sobrenatural”, enquanto em um evento menor há muitos problemas lidando com o som e a capacidade do local. Mas isso, também, tem seus bônus.

“Também há intimidade nisso, mas você definitivamente tem que trabalhar,” disse Bennington. “Há muito maus a se trabalhar em volta e meio que trabalhar apesar de você mesmo. Mas há algo a ser dito [sobre eventos menores]. Nós todos amamos tocar em lugares menores e ter pessoas bem na nossa cara. Também não há nada como essa experiência. Então eu acho que as duas são muito, muito boas, mas… eu acho que você pode ter um show melhor num estádio, mesmo que seja uma banda ruim. É simplesmente uma experiência melhor poder fazer isso. É realmente maravilhoso.”

Shinoda disse que a produção da nova turnê está sendo construída para refletir a história contada em “A Thousand Suns”, um álbum conceito que lida com guerra – incluindo guerra nuclear.

“Muitos dos temas que aparecem no álbum meio que tem um papel central nos visuais do show,” disse Shinoda. “Nossa equipe de arte desenvolveu uma tecnologia nova e específica para esse show e tinha muito a ver com o fato que em nosso show não tocamos exatamente a mesma coisa toda noite. Tocamos setlists diferentes e dentro delas nós improvisamos, então queríamos uma forma de o visual do show diminuir um pouco e fluir de acordo com o que fizéssemos com a música. Então a cada noite a múica será diferente e os visuais também. Dois shows nunca são iguais.”

Como um suvenir para os fãs, o Linkin Park está se juntando ao Base Camp Productions para produzir “bootlegs oficiais”.

“Na verdade, nós fazemos os mp3 dos shows como suvenir há um tempo,” disse Shinoda. “A ideia é que queremos que os fãs possam levar aquele evento especial que é o show do Linkin Park para casa com eles, somente algo que queremos dar aos fãs.”

“No passado cobrávamos por isso, mas nessa turnê estamos realmente dando, com o preço incluído no valor do ingresso. Então, quando você compra seu ingresso, você basicamente tem seu show para ouvir de graça. O que basicamente acontece é que não é o que se chama de ‘line mix’ ou ‘board mix’, que são as maneiras mais baratas e fáceis de se gravar o show. A maioria das pessoas faz assim. Apenas achamos que isso soa terrível e é meio desleixado, então o que acontece no nosso show é que o cara que mixa o show ao vivo para vocês também o grava enquanto tocamos e então ele leva isso para o backstage e fazemos uma mixagem especial para o seu iPod e seu carro e algo que tenha um som bom no seu estéreo, porque o mix ao vivo não soa bem no seu aparelho de som. Então sim, ele é remixado e aí é colocado online para todos os fãs que foram àquele show baixarem.”

Shinoda diz que o processo de mixar um show para os mp3 pode levar entre um dia e uma semana. Depende do tempo que a equipe viaja entre os shows. Se a equipe tiver que deixar o show imediatamente assim que acabar para dirigir durante a noite, isso pode atrasar um pouco a liberação daquela gravação.

Benningtom disse que os mixes ao vivo são apenas outra forma de o Linkin Park aprofundar sua conexão com os fãs.

“Nossa música se torna a trilha sonora da vida deles, a história da vida deles. E, como compositor, esse é o maior objetivo. É incrível escrever algo que realmente tenha significado e importe de verdade para alguém. E nós temos a sorte de termos liberdade o suficiente para escrever um estilo de música bem diverso e que nós meio que achamos que esperamos isso de nós mesmos, de realmente ter uma mente aberta em termos de tipos de músicas que escrevemos e a variedade dessas músicas e estilisticamente temos uma chance de alcançar, eu acho, talvez muito mais pessoas que algumas outras bandas.”

 

things aren't the way they were before; you wouldn't even recognize me anymore.