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Mike Shinoda e Chester Bennington falam sobre turnês, tecnologia e ‘A Thousand Suns’

Nesta semana o Tampa Bay Times publicou uma matéria sobre o Linkin Park e seu diferencial como uma banda de rock inovadora. Confira a tradução abaixo: 

Os álbuns em geral estão mortos. A indústria de shows está em ruínas. Não há mais bandas de rock que sejam novas e confiáveis na América.

Se tudo isso é verdade, alguém se esqueceu de falar do Linkin Park.

“Eu sinto que acertamos em muitas coisas,” disse o rapper e co-frontman Mike Shinoda durante uma recente teleconferência com repórteres. “Em 10 anos, dá pra se fazer muitas coisas e, para nós, esta é apenas uma forma de tentar ser a banda que nós queremos ser e aprender com os nossos erros e acertos. Definitivamente, eu gosto de estar onde estamos agora.”

O lugar onde eles estão agora é exatamente no topo, quando o assunto é o rock Americano. Apesar de ter sido lançado em Setembro, o quarto album do Linkin Park, A Thousand Suns, foi um dos álbuns de rock mais vendidos de 2010 segundo a Billboard. E, apesar de 2010 ter sido um ano fraco para a indústria de shows, os ingressos da banda para o show no Saturday Night Live, no St. Pete Times Fórum estão vendendo muito bem. (A banda se apresentará com Pendulum e Does It Offend You, Yeah? Os ingressos variam de $25 a $67 dólares [de R$41,00 à 110,00 aproximadamente].)

Depois de 15 anos, como que o Linkin Park ainda consegue manter os fãs tão interessados no que eles estão fazendo?
Uma das respostas para isso é tecnologia. A banda entrou de cabeça no mundo dos jogos online e produtos interativos. Dentre eles, um aplicativo official que permite unir inúmeras informações sobre cada projeto paralelo feitos pelos integrantes, como os trabalhos de hip-hop e de artes gráficas de Shinoda, os de Chester Bennington como vocal do grupo Dead By Sunrise, e os do Linkin Park com o Music for Relief, que beneficia iniciativas de proteção ambiental e ajuda vítimas de desastres naturais.  

Nesta turnê, todos aqueles que adquirirem ingressos poderão fazer o downloadgratuíto do audio do show no qual esteve em formato mp3 de alta qualidade. “Nós tocamos diferentes set lists e então improvisamos nelas,” diz Shinoda. “A cada noite as músicas serão diferentes, bem como o visual do show. Nenhum show será igual ao outro.”  

O show imprevisível da banda reflete sua abordagem atípica de trabalho. Considere o experimental A Thousand Suns – para faze-lo, os integrantes trabalharam sozinhos na maiora das faixas, ou em grupos pequenos.

“Em alguns dias, poderia ser apenas eu e o Chester; depois, poderia ser eu, Chester e Brad (guitarrista); e em alguns outros, todos nós poderíamos nos reunir,” explica Shinoda. “Tentamos trabalhar em muitos. Tentamos trabalhar em seis, cinco… mas compor desse jeito simplesmente não funciona conosco.”

“Nós não desperdiçamos muito tempo tocando e aprendendo os trechos das músicas”, acrescenta Bennington. “Se alguém não está lá, você não precisa perder o seu tempo. Um som pode ter 50, 60 variações diferentes e, no exato momento em que tivemos uma versão da qual gostamos e todos estiverem reunidos, aí sim, nós vamos lá e começamos a trabalhar nisso.”

“Você escreve coisas mais interessantes quando está em grupos menores,” diz Shinoda. “O que eu acho realmente muito engraçado é que a música fica diferente dependendo de com quem você compôs e onde você fez isso”

Por exemplo, a faixa aucústica The Messenger surgiu de uma demo do iPhone do Bennington, com leves acordes inseridos pelo Delson. “Não importava se o som da voz estava vindo do meu iPhone” diz Benninton, “esse era o X da questão, essa era a intenção que nós precisávamos ter em mente.”

Descobrir como colocar músicas experimentais deA Thousand Suns ao lado de clássicos da banda como One Step Closer e Faint é um enorme desafio. “Teoricamente falando, nós nos sentimos confiantes de como tudo ficaria no conjunto da obra, mas sabemos por experiência que o resultado dessa junção só se daria no palco,” relata Shinoda. “A Thousand Suns,” diz, “traz uma narrativa para o show, o que é de fato muito bom – isso meio que liga as diferentes partes do show umas com as outras. Acredito que as canções antigas ganham um novo significado quando são colocadas neste contexto.”

Shinoda disse que o Linkin Park está pensando em fazer shows especiais onde eles apresentarão oA Thousand Suns em sua totalidade, para sentir melhor como está o álbum. Além disso, eles estudam a possibilidade de filmar em 3D – porém, eles ainda não estão prontos para falar sobre tais planos.

“Tudo isso só será liberado quando aparecer no linkinpark.com,” diz Mike.

Ao que Bennington completa: “Não estrague a surpresa.”

Ele não precisa se preocupar com isso. Independente do que o Linkin Park venha a fazer, é bem provável que acabe surpreendendo a todos.