Mike no The Ralphie Radio Show

Mike Shinoda foi entrevistado no The Ralphie Radio Show da 92 ProFM, onde falou sobre os desafios do disco novo e a apresentação no Saturday Night Live. Confira:

Você tem que dar o braço a torcer ao Linkin Park – o grupo de rap-rock tem trabalhado desde 1996 e os caras ainda estão buscando formas de inovar em seu ofício. O último exemplo veio no fim de semana passado, quando o LP se apresentou pela segunda vez no “Saturday Night Live” e conseguiram um feito inédito – o próprio Lorne Michaels teve que assinar embaixo.

Primeiro, a banda tocou o single de sucesso, “Waiting for the End” de A Thousand Suns. O esquema de luzes combinava lasers com telas LED para imitar alguns dos efeitos que podem ser vistos no clipe da música. Para a segunda aparição do Linkin Park, o grupo tocou “When They Come for Me” – outra música de ATS. O LP decidiu que seria melhor se a câmera filmasse me preto e branco em vez de tudo em cores.

“Foi meio que de roer as unhas no último instante, porque Lorne Michaels, que dirige o programa, tinha que aprovar,” revelou o MC Mike Shinoda, que falou por telefone com o “The Ralphie Radio Show” durante a turnê do LP. “Michaels viu o teste em cores e o viu em preto e branco e disse, ‘É, para esses caras, podemos deixá-los fazer em preto e branco.”

Como se a aprovação do criador do SNL não fosse o suficiente, Michaels também colocou um pequeno laço no presente que deu ao Linkin Park.

Shinoda também falou sobre os diferentes esquemas tecnológicos atualmente empregados na turnê mundial do LP, e a implementação de tecnologia nova às campanhas de marketing da banda.

“Michaels também disse, ‘Sabe, é engraçado, agora outras bandas vão me pedir para fazer em preto e branco, e eu terei que dizer não a elas porque é uma coisa do Linkin Park,’” lembra Shinoda feliz. “Eu não percebi que nenhum convidado musical jamais tinha feito em preto e branco.”

Shinoda com certeza está ciente da magnitude da realização – chamando a decisão de “incrível” ao citar o status legendário do programa. É apropriado que uma banda como o Linkin Park seja honrada com tamanha distinção – a banda da Califórnia se desafiou tanto com os novos visuais para a turnê mundial atual quanto com a ideia de criar um novo som para o álbum. Shinoda diz que a equipe de visual do LP criou um software e mecanismos que respondem a setlist da banda que muda toda noite. – para que como a música, o padrão visual de nenhum show fosse igual ao outro.

“Se o álbum é desafiador, então queremos que os visuais sejam desafiadores,” disse Shinoda. “Passamos mais tempo do que teríamos passado cinco anos atrás em algo assim.”

Parte da razão para a atenção cada vez maior nas apresentações ao vivo pode ser atribuída ao modelo mutante da indústria musical: gerar lucro de shows, acordos de marketing e singles, em vez de vender discos. Mas Shinoda avisa que o LP tem e sempre terá suas prioridades bem definidas.

“Tudo é inter-relacionado. Você poderia se concentrar totalmente na turnê, mas se você fizer bons álbuns ou boas músicas para criar uma base, então isso não desaparece.”

Isso vindo da banda que vendeu mais de 50 milhões de álbuns pelo mundo – e ganhou discos de ouro ou platina em 12 países diferentes com seu trabalho mais recente.