Linkin Park: Mais Confortáveis e Confiantes

O Linkin Park é sem dúvida uma das bandas de maior sucesso que surgiram das cinzas do movimento new-metal durante o final dos anos noventa. Sua habilidade de misturar metal com rap e camadas eletrônicas tudo dentro do círculo fechado que engloba música “amigável ao rádio” viu-os dominarem absolutamente as paradas e as ondas de rádio. Desde Hybrid Theory em 2000, a banda mantém uma presença saudável no mainstream. Agora, 12 anos depois, com seu último lançamento LIVING THINGS direto da impressão, parece que o Linkin Park não tem planos de desacelerar. Após a nossa conversa com o baixista Dave “Phoenix” Farrell, sabemos que isso é verdade.

Nos próximos dias, Linkin Park estará empacotando as coisas e pegará as estradas dos Estados Unidos para uma turnê com a “Honda Civic Tour”, uma oportunidade perfeita para a banda mostrar o novo material. Indo direto ao ponto, eu pedi ao Phoenix suas opiniões sobre o produto final: “Esse disco é interessante para nós, é misturado a um monte de coisas diferentes que captamos no estúdio com o passar de 10 ou 12 anos ou mais. Há uma mistura de estilos que nós usamos ao longo dos nossos quatro primeiros discos e, ao mesmo tempo, houve uma tentativa de inserir novos sons e novas idéias”. Assim Phoenix continua, ele fala sobre as preocupações de pré-produção da banda, em vez de tentarem parecer o mais diferente possível dos seus lançamentos anteriores. “Este foi mais confortável e confiante. Nós estávamos trabalhando em tudo o que nos atraía, e tudo o que sentíamos vontade de escrever. Foi verdadeiramente uma abordagem aberta para o disco”.

Eu pensei em empurrar um pouco mais esse assunto, dado que o público mais jovem que a banda inicialmente se focou é agora 10 anos mais velho. Está se tornando difícil escrever música da maneira do Linkin Park? “Bem, há um sim e um não para essa resposta. Digo, sempre foi difícil para nós escrever, visto que há 6 caras na banda, e todo mundo precisa estar feliz com a faixa antes de nós a lançarmos. Existe um monte de tempo e esforço gastos nisso. Mas nesse estágio, eu sinto como se nós tivéssemos entrado em um bom fluxo criativo onde nos estamos muito mais confortáveis com novas ferramentas e conceitos. Além disso os fãs têm nos dado a habilidade de nos empurrar e explorar coisas novas, o que é divertido para nós também.”

Muito semelhante aos seus outros álbuns recentes, o Linkin Park fechou à longo prazo com o colaborador e lendário produtor Rick Rubin. Tendo trabalhando em tudo, desde Metallica à Slayer, até Adele e The Dixie Chicks, falamos sobre o caráter de Rubin, e como é trabalhar com um peso pesado. “Rick é ótimo. Eu penso que ele é um ajuste maravilhoso para nós. Ele não passar uma tonelada de tempo no estúdio com a gente, meio que nos permite fazer nossas coisas, ver o que nós queremos trabalhar. Se nós queremos fazer uma música ele vai classificá-la… entrar e dar-nos uma abordagem com ‘ouvidos limpos’ pra isso. Assim podemos meio que avançar, chegar a certo ponto quando o Rick vai entrar e dar-nos seu feedback, você sabe, como isso foi pra ele. Em seguida, avançar a partir daí.”

Do que ouvi falar dos artistas que trabalharam com o Rubin no passado, eu tenho essa idéia de um homem grande barbudo correndo pelo estúdio mordendo a cabeça das pessoas por ficarem no seu caminho, algo de sua personalidade, embora Phoenix tenha pintado um quadro muito diferente: “O que eu absolutamente amo sobre o Rick é que em tudo o que ele faz, o que é uma porrada, não tem um osso cínico sequer em seu corpo quando se trata de música e do processo criativo. Ele tem amor por essas coisas e ele meio que nos ajudar um bocado com o que estamos fazendo, fazer-nos ser criativos e não complacentes e confortáveis, para fazer o melhor disco que podemos fazer. Ele é muito… o clichê seria como ‘totalmente zen’, realmente um budista, mas há muita verdade nisso”.

Agora a pergunta que está na mente da maioria das pessoas: o que a banda tem a dizer sobre todo o excesso relacionado ao Linkin Park fazendo uma viagem para o Soundwave de 2013: “Eu ficaria feliz por vir novamente. Meu lugar preferido no mundo para uma turnê mundial é a Austrália. Eu digo isso muito sobre diferentes locais, mas estou sendo totalmente honesto. Nada foi confirmado ainda, não 100% pelo que eu sei, mas é uma enorme, enorme prioridade para nós ir pra lá no ano que vem. Neste momento estamos um pouco distantes para fechar isso, mas a informação estará disponível muito em breve. Eu não sei porque tudo é confidencial, eu não sei. Mas é.”

Então vocês tem isso, um forte “talvez” para o Linkin Park tocando no Soundwave de 2013. Certifique-se de ouvir o LIVING THINGS, que está disponível agora. Sem dúvida, é um lançamento que a banda está muito orgulhosa e ansiosa de ver como vai atingir os fãs. Mantenha-se atento para as notícias de uma turnê. Não deve estar muito longe.

*Traduzido por Flagrare

Fotógrafo e Produtor de Vídeo