Durante entrevista para a Metal Hammer, Mark Morton falou sobre como foi trabalhar com Chester Bennington na música “Cross Off” de seu álbum solo “Anesthetic”, que será lançado no dia 1 de março.

Quem foi que mais te surpreendeu no estúdio?

“Chester Bennington. Ele tinha muita criatividade no gatilho quando fomos para o estúdio. E eu fiquei tipo, ‘Wow’. Ele tinha me dito que tinha gostado muito da música, e a gente conversou, mas eu nunca tinha saído com Chester até começarmos a trabalhar nela. Eu estava muito impressionado para um cara no nível dele, no ponto de carreira que ele estava, alguém da sua estatura e de celebridade, e ter aquele nível de humildade e comprometimento em chegar lá e tratá-la como se fosse uma música do Linkin Park, ou sua própria música, ou qualquer coisa do tipo. Eu estava muito impressionado com aquilo. E foi imediato. Quinze minutos depois que nos encontramos, nós estávamos na mesa, um de cada lado, cada um com pedaços de papel e lápis, riscando palavras e tentando esquemas diferentes de rimas e essas coisas. E depois que terminamos ela, nós então respiramos e começamos a falar sobre assuntos pessoais – coisas da vida real. E sim… ele foi o que mais me surpreendeu.”

Como vocês se conectaram, em primeiro lugar?

“O meu pessoal ligou para o pessoal dele! Foi uma daquelas coisas que nós estávamos ouvindo a música pensando, ‘Quem nesse mundo nós poderíamos ter cantando isso?’ E Chester foi o nome que surgiu. Então nós quase nem tentamos, pois é o Chester Bennington, ele é um superstar. Nós estávamos tipo, ‘Fala sério, nós não conseguiríamos ele.’ Mas se nós não tivéssemos tentado, não teríamos conseguido, então tentamos, conseguimos chegar nele, eu estava surpreso em saber que eu estava no radar dele e etc, era através do Lamb of God mas eu estava. Ele ouviu a música e topou. É uma música muito boa. Desculpa, eu não sei se posso dizer isso, mas é uma puta música boa, certo? Nós tivemos que resolver algumas coisas legais e etc, mas de um modo criativo, ele estava dentro desde o início. E eu não percebi o quanto ele realmente estava dentro, mas me dei conta quando ele apareceu e isso foi muito honroso pra mim.

Você poderia nos falar um pouco sobre a letra de Cross Off?

“Para mim, é realmente sobre codependência. É sobre quebrar aquele ciclo de codependência, ou dependência. É um tipo de paralela. Porque codependência e dependência é praticamente a mesma coisa, certo? Talvez a diferença seja apenas sobre ser uma pessoa viva ou um objeto inanimado, mas de qualquer forma você está obcecado e dependente de algo e do sentimento que você tem sobre aquilo, e o perseguindo. É sobre quebrar esse ciclo e quebrar aquele modo de auto-destruição, apagando tudo, atravessando por tudo aquilo, e voltando a ser você mesmo. Há também um componente de arrependimento ali, do tipo que muitos de nós perdemos muito tempo tentando nos encaixar em algum molde diferente do que nós deveríamos ser. Eu não sei se estou sendo muito vago… é sobre fim de relacionamentos, e esses relacionamentos podem ser com pessoas, com vícios, com tempos e com lugares na sua vida. É apenas sobre se limpar de tudo, chegando ao estado limpo e começando tudo de novo.”