Linkin Park fala sobre o Maquinaria Festival

O diário La Tercera falou com Chester Bennington e Rob Bourdon, sobre o Maquinaria Festival e a nova sonoridade do Linkin Park:

O Linkin Park não é uma banda somente de mídia. Como todas as bandas deste novo século, têm atraído uma pose roqueira, pela MTV, neste mundo adolescente de piercing e com skates, mas ainda contam com pessoas amargas e negativas, que criticam a sua assumida ambição comercial. Mas há algo que não se deve duvidar: em uma década, o grupo originado na Califórnia, conseguiu colocar o seu nome no mapa do rock, e conseguiu alianças com os produtores mais conceituados e recebeu elogios de nomes como Ozzy Osbourne e Robert Plant (embora ainda tenham uma resistência com bandas parecidas, como Korn e Limp Bizkit).

“Em todos estes anos, temos nos focados somente na música que fizemos. Queremos ter as nossas próprias experiências com ela. Se as pessoas querem classificá-la, dizer alguma coisa ou tratá-la de alguma maneira, bem, isso não vai mudar o modo como criamos o nosso trabalho”, disse o baterista Rob Bourdon, ao La Tercera, sobre um som que a imprensa tem rotulado como nu metal que, basicamente, é uma junção de hard rock com rap, hip hop e funk.

E com essa mesma receita, que o grupo agendou a sua primeira apresentação no Chile: será no dia 09 de outubro, como parte do Maquinaria Festival, que será realizado no Club Hípico, e dividirá o palco com nomes como Incubus, Queens of the Stone Age, Yo la Tengo e Pixies (Puntoticket). “Pixies é uma banda muito legal, na minha opinião. O pessoal do Chile ficará impressionado”, adicionou o cantor Chester Bennington.


Além disso, Santiago é uma das primeiras datas em que o grupo irá tocar ao vivo as músicas de seu novo álbum, A Thousand Suns, que será lançado nessa terça-feira, dia 14, e já tem a música The Catalyst como seu primeiro single. “O nosso álbum ainda não foi lançado, então eu não sei o que iremos mostrar ao vivo. Temos muito tempo para decidir, mas esperamos poder oferecer o melhor”, prometeu Bennington. Sendo que, logo advertiu que, nos últimos anos, há uma certa preferência da banda em privilegiar o seu mais novo trabalho.

“O nosso novo tranbalho é tão diferente das músicas antigas que, por exemplo, não temos tanta motivação em tocar coisas do nosso primeiro álbum. Tenho mais motivação de tocar coisas novas, não tenho tanta motivação com o nosso trabalho mais antigo. Gosto que as pessoas possam ouvir as nossas novas músicas, apesar disso, ainda fazemos concessões e, muitas vezes, tocamos de maneira mais tranquila, essas músicas novas com o passar dos anos”, disse o cantor de um grupo que já tem quatro álbuns de inéditas e vendeu quase 50 milhões de cópias, além de serem escolhidos pela MTV, em 2003, como a terceira melhor banda do novo milênio.

E as semelhanças com o seu novo trabalho? Bourdon tentou uma definição: “Nós tentamos fazer um som de uma forma agressiva, sem ficarmos obcecados com a guitarra, e procuramos usar elementos eletrônicos, sem que faça parecer como um som mais pop.” De alguma forma, o novo trabalho do Linkin Park em seu novo álbum, mostra um lado menos explorado pela banda, com recursos eletrônicos e ritmos que lembram mais o pop, sem abandonar o seu lado roqueiro. Um trabalho que esteve a cargo do renomado produtor Rick Rubin, o mesmo que já trabalhou com nomes como Slayer, Beastie Boys, System of a Down e Audioslave. “Para tocar ao vivo, vamos adicionar muitos instrumentos e elementos eletrônicos. Será uma amostra do que buscamos e de nossa mistura”, disse Bennington.