Mike Shinoda no Billboard Film and TV Conference

No dia 24 de outubro, Mike Shinoda participou do Billboard Film and TV Conference para falar sobre a produção da trilha sonora do filme The Raid. O site Examiner.com postou um vídeo e um artigo falando sobre Mike Shinoda, Joe Trapanese, e The Raid. Confira abaixo a tradução:

Depois de apresentar os membros do painel (Out of the Band and Onto the Screen) uma das primeiras perguntas de Robert Kraft foi, “qual a diferença em compor para um filme e escrever uma música para a sua banda ou para você mesmo?” Joe Trapanese respondeu, “você não quer qualquer coisa muito esmagadora ou muito impressionante porque você está lidando com a verdade…Eu estou sempre tentando convencer os editores e diretores a segurar as coisas. A música deve ser usada somente para mover ao longo da história – realmente não deve ser um personagem… Eu descobri (trabalhando com filmes Indi) que o orçamento é bem menor e você pode conseguir muito mais de menos – menos peças e ser surpreendido pelo fato de um piano e um violoncelo podem soar quase tão grande como sete orquestras em um espaço infinito” e ainda nesta observação perspicaz Robert Kraft mencionou que “às vezes o silêncio é o maior som que você pode fazer”.

Outra pergunta relacionada com o processo de edição foi: Como você decide quais as partes manter e quais cortar? Mike Shinoda respondeu esta questão com uma história de quando ele estava estudando no Centro de Artes em Pasadena. Ele afirmou: “Nossa experiência na escola quando íamos pintar e a classe, que tinha aproximadamente 30 alunos, cada um colocava seu desenho no painel e basicamente dizia aos outros porque nossas pinturas eram horríveis por horas, e durante os anos que fazíamos isso, você acaba se tornando bom. Você se torna realmente bem em ser capaz de aceitar críticas, fazer críticas e deixar o seu ego de lado e ser produtivo. Se você está trabalhando com pessoas que não estão interessadas, eu acho que é um problema bem maior mas enquanto estiverem no mesmo time você pode ter aqueles tipos de conversa onde você pode dizer ‘olha, eu vou retirar essas coisas- eu realmente acredito nesta daqui’ então as pessoas serão um pouco mais receptivas”. Então Robert Kraft respondeu, “você tem um grande futuro como compositor para filmes com essa atitude, porque essa é a essência”, Mike respondeu, “é assim que nossa banda trabalha. Nós temos 6 caras fazendo isso. Todas as segundas nós nos juntamos com nossas gravações. Esse é o motivo pelo qual demoramos mais de um ano para fazer um álbum, eliminamos idéias uma atrás da outra e construímos outras baseadas nestas… mesmo se um cara da banda não goste por uma razão ou outra nós iremos descobrir o que é que ele não gosta e iremos respeitá-lo mesmo que ele não queira escrever a parte que estamos falando – ele não pode escrever o vocal, ele não pode escrever o que quer que seja, sua opinião é 1/6 de nossa base então iremos respeitar e tentar fazer funcionar”.